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Juro do cheque especial sobe; rotativo cai, mas segue acima de 300% ao ano

Juros do cheque especial e rotativo do cartão seguem em patamares elevados no país - bernie_photo/Getty Images/iStockphoto
Juros do cheque especial e rotativo do cartão seguem em patamares elevados no país Imagem: bernie_photo/Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo*

29/03/2021 10h14Atualizada em 29/03/2021 10h56

Os juros do cheque especial subiram de 120,3%, em janeiro, para 124,9% ao ano, em fevereiro. Na comparação com fevereiro do ano passado (130,6% ao ano) houve queda.

Já o juro médio do rotativo do cartão de crédito caiu de 329% em janeiro para 326,7% ao ano em fevereiro. No mesmo mês de 2020, a taxa era de 322,6% ao ano.

Com isso, os juros nos dois tipos de crédito seguem em patamar elevado. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país (Selic) está em 2,75% ao ano, após o Banco Central elevar os juros na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).

Veja a variação dos juros nas modalidades de crédito em fevereiro:

  • Cheque especial: subiu de 120,3% para 124,9% ao ano
  • Rotativo do cartão de crédito: caiu de 329% para 326,7% ao ano
  • Cartão de crédito parcelado: subiu de 161,5% para 167,% ao ano
  • Crédito pessoal não-consignado: caiu de 86,7% para 86,4% ao ano
  • Crédito pessoal consignado: caiu de 18,9% para 18,8% ao ano
  • Compra de veículos: caiu de 20,2% para 20% ao ano
  • Financiamento imobiliário: mantido em 7% ao ano

Crédito cresce 0,7%

O estoque total de crédito no Brasil cresceu 0,7% em fevereiro na comparação com janeiro, para R$ 4,047 trilhões equivalente a 54,0% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com o Banco Central.

Em 12 meses, o crédito acumula alta de 16,1%, refletindo um crescimento de 22,9% do crédito às empresas e de 11,3% do crédito às pessoas físicas. No ano passado, as concessões foram turbinadas por uma série de programas de estímulo ao crédito do governo no bojo das medidas de enfrentamento à crise da pandemia.

Para 2021, o BC prevê uma desaceleração do crédito, com a expectativa de um crescimento de 8% no ano, em projeção que não contempla extensão ou criação de novos programas de crédito.

(*Com informações da Agência Estado)

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