Ao FMI, Guedes pede cooperação global para 'acesso igualitário' a vacinas
Ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a cooperação internacional no processo de distribuição de vacinas contra a covid-19 entre os países, pontuando os benefícios econômicos do acesso equitativo ao imunizante.
"O acesso igualitário às vacinas para promover uma vacinação rápida e mundial é o investimento de maior retorno global. A disponibilidade e o ritmo da vacinação são um fator-chave para acelerar a recuperação e, portanto, o reequilíbrio fiscal", argumentou Guedes.
A posição de Guedes vai ao encontro à da diretora do FMI, Kristalina Georgieva, que disse ontem que a vacinação contra a covid-19 pode ajudar a renda global a crescer US$ 9 trilhões (R$ 50 trilhões) até 2025, "com benefícios a todos os países".
A declaração consta em um documento enviado por Guedes ao FMI, que foi publicado hoje. O texto é uma formalidade que antecede o IMFC (Comitê Monetário e Financeiro Internacional) da Reunião de Primavera do Fundo, marcado para ocorrer na próxima quinta-feira (8).
O ministro escreveu em nome do país e de outras dez nações que o Brasil representa no FMI, sendo eles: Cabo Verde, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, Suriname, Timor-Leste e Trinidad e Tobago.
Guedes também defendeu a vacinação em massa contra a covid-19 e a realização de reformas econômicas "pró-mercado" para impulsionar o crescimento da economia do Brasil.
"Em suma, a abordagem para impulsionar o crescimento sustentável e inclusivo no Brasil é tripla: intensificar a vacinação em massa, fornecer apoio fiscal de curto prazo juntamente com a consolidação orçamental a médio prazo e a prossecução das reformas pró-mercado", disse.
No texto, Guedes pontuou que o Brasil tem avançado com reformas econômicas, citando a reforma da previdência, a PEC Emergencial e a autonomia do Banco Central como exemplos.
Sobre a agenda de longo prazo do governo, Guedes disse que há "diversas iniciativas" em vista, como a reforma tributária, a flexibilização do mercado de trabalho e novos marcos regulatórios para o gás natural, a cabotagem, o saneamento e o mercado de câmbio.
Ainda no documento, o ministro da Economia disse que a nova rodada do auxílio emergencial, que começou a ser pago hoje, veio acompanhada de medidas austeras para conter a dívida pública.
"A assistência de emergência foi reinstaurada junto com uma emenda constitucional para reancorar as contas fiscais e garantir uma redução da trajetória da dívida pública no médio prazo", afirmou no texto.
* Com informações da Estadão Conteúdo e da Reuters, em Brasília
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