Investimento direto no país cai em março e soma US$ 6,9 bilhões, diz BC
Os investimentos estrangeiros diretos no país (IDP) somaram US$ 6.864 bilhões em março, abaixo da expectativa de analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, que esperavam um montante de US$ 7,5 bilhões. No mesmo mês do ano passado, o indicador ficou em US$ 7,386 bilhões, uma queda de 7,07%.
Em fevereiro, os investimentos diretos haviam somado US$ 9,007 bilhões (-23.79%). Nos últimos 12 meses, o IDP acumula US$ 39,3 bilhões (2,73% do PIB, Produto Interno Bruto), bem abaixo do acumulado no mesmo período até março de 2020 (US$ 68,7 bilhões, ou 3,84% do PIB).
Os dados fazem parte do relatório de Estatísticas do Setor Externo e foram divulgados hoje pelo Banco Central.
De acordo com o BC, houve ingressos líquidos de US$ 3,7 bilhões em participação no capital e de US$ 3,1 bilhões em operações intercompanhia.
Em março, os investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram aplicações líquidas de US$ 1,4 bilhão. Nos doze meses encerrados em março de 2021, o IDE totalizou regressos líquidos (desinvestimentos) de US$ 6,1 bilhões.
Transações correntes têm pior março desde 2015
O Brasil apresentou déficit em transações correntes de US$ 3,97 bilhões em março. Esse é o pior resultado para março desde 2015, quando houve déficit de US$ 5,772 bilhões.
Com isso, o déficit em 12 meses passou a 1,24% do PIB, ante 1,26% do PIB em fevereiro. A expectativa do mercado era de um déficit de US$ 2,5 bilhões.
Os dados refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, que desde março do ano passado tem reduzido o volume de importações de produtos. A autarquia projetava para o mês passado déficit de US$ 1,3 bilhão na conta corrente.
Para abril, o BC projetou um superávit em transações correntes de US$ 5,7 bilhões e IDP de US$ 4,9 bilhões. Até o dia 20 deste mês, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 576 milhões, disse ainda o BC.
Gastos de brasileiros no exterior caem 49%
Ainda sob os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia, os gastos de brasileiros em viagens internacionais no mês passado somaram US$ 313 milhões, queda de 48,86% em relação a março de 2020 (US$ 612 milhões).
Na prática, com o dólar mais elevado e a restrição de voos em vários países, os gastos líquidos dos brasileiros no exterior despencaram 55,95% em março deste ano. Vale lembrar que a pandemia ganhou corpo a partir de março do ano passado, quando se intensificaram as restrições de deslocamento entre países.
O gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 213 milhões no mês passado, o que representa um recuo de 44,68% (US$ 385 milhões).
A conta de viagens internacionais, que reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil, registrou déficit de US$ 100 milhões em março. No mesmo mês de 2020, o déficit nessa conta foi de US$ 227 milhões.
No primeiro trimestre deste ano, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 167 milhões.
(*Com informações do Estadão Conteúdo e da Reuters)
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