Governo melhora previsão e vê PIB a 3,5% em 2021, apesar da pandemia
O governo federal aumentou sua previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, apesar de o país ainda estar vivendo um período difícil da pandemia de coronavírus, com número elevado de casos e mortes, e com restrições ao funcionamento do comércio e serviços em várias regiões.
De acordo com o Boletim Macrofiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica), divulgado hoje pelo Ministério da Economia, a projeção para o PIB em 2021 é de alta de 3,5% —no último boletim, publicado em março, a previsão era de crescimento de 3,2%.
O documento afirma que a melhora na projeção se deve a uma previsão mais otimista para o primeiro trimestre, "mesmo diante do aumento das regras legais de distanciamento e a despeito do fim do auxílio emergencial" —o benefício terminou em dezembro do ano passado e só foi retomado em abril.
Além disso, a SPE diz esperar uma recuperação do setor de serviços por causa do avanço da vacinação contra a covid-19 pelo país no segundo semestre.
Apesar do otimismo, o boletim destaca que a incerteza nessas estimativas ainda permanece "significativamente elevada". Isso porque o desempenho da economia depende do comportamento da pandemia no país, que pode alcançar novos picos devido a variantes do coronavírus ou se estender por mais tempo por causa de atrasos no cronograma de vacinação.
"Como em toda projeção, há incerteza inerente às estimações para o horizonte prospectivo, especialmente neste período da pandemia da covid-19", diz o boletim.
Governo piora previsão para inflação
Ao passo que melhorou sua previsão para o PIB, a SPE piorou a expectativa para a inflação neste ano, que passou de 4,42% em março para 5,05% agora.
O valor está acima da meta de inflação do governo para 2021, que é 3,75%, mas fica dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
As projeções para 2022 foram mantidas em crescimento de 2,5% do PIB e inflação de 3,5%.
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