Inflação desacelera a 0,53% em junho, mas é a maior para o mês em 3 anos
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, desacelerou a 0,53% em junho, após fechar 0,83% em maio. Esse é o maior resultado para o mês desde 2018 (1,26%). O resultado foi influenciado, principalmente, pelo aumento na conta de luz dos brasileiros.
O indicador acumula alta de 3,77% no ano e de 8,35% nos últimos 12 meses. Com isso, a inflação fica acima da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.
Conta de luz tem maior impacto sobre inflação
O maior impacto individual (0,09 ponto percentual) de alta sobre o IPCA em junho veio da conta de luz, que subiu, em média, 1,95%. No mês passado passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 2, que trouxe uma cobrança adicional de R$ 6,243 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
Diante da crise de abastecimento nas hidrelétricas do país, a taxa extra foi reajustada e passou a ser de R$ 9,49 por 100 kWh a partir de julho, o que deve trazer impactos ainda maiores da contra de luz na inflação.
Apesar do maior impacto em junho, a conta de luz desacelerou em relação a maio, quando registrou alta de 5,73%.
"Os preços desaceleraram em junho devido aos diversos reajustes captados em maio nas áreas pesquisadas. Em junho, tivemos apenas o reajuste médio de 8,97%, em Curitiba, no fim do mês", afirmou o analista da pesquisa André Filipe Guedes Almeida.
Carnes sobem pelo 5º mês seguido
Os alimentos também tiveram peso relevante sobre a inflação em junho. O grupo teve aumento de 0,43% e representou impacto de 0,09 ponto percentual sobre o índice geral.
Os preços das carnes subiram 1,32% no mês passado e registraram elevação pelo quinto mês consecutivo. Em 12 meses, o item acumula alta de 38,17%.
No lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-15,38%), a cebola (-13,7%), o tomate (-9,35%) e as frutas (-2,69%).
Combustíveis acumulam alta de 44% em 12 meses
No grupo dos transportes (0,41%), os combustíveis subiram 0,87% e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses.
Mais uma vez, o maior impacto deste grupo (0,04 p.p.) veio da gasolina (0,69%), cujo preço havia subido 2,87% em maio. O etanol (2,14%), o óleo diesel (1,1%) e o gás veicular (0,16%) também registraram altas em junho.
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