'Prévia da inflação' fica em 0,72% em julho, a maior para o mês desde 2004
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), foi de 0,72% em julho, puxado pela alta de 4,79% da energia elétrica. Em junho, a taxa registrada foi de 0,83%.
Essa foi a maior variação para um mês de julho desde 2004, quando o índice foi de 0,93%.
No ano, o índice acumula alta de 4,88% e, em 12 meses, de 8,59%. Em julho de 2020, a variação havia sido de 0,30%.
Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Conta de luz
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta de preços em julho. O maior impacto e a maior variação (2,14%) vieram do grupo de habitação, influenciado pela alta da energia elétrica.
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de junho e julho, mas, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos — antes, o acréscimo era de R$ 6,243.
Segundo o IBGE, o resultado também é consequência dos reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo (6,29%), a partir de 4 de julho, e de 8,97% em Curitiba (9,41%), a partir de 24 de junho.
Os preços do gás de botijão (3,89%) e do gás encanado (2,79%) também subiram.
Gasolina
No grupo dos transportes (1,07%), a principal contribuição veio das passagens aéreas (35,64%), que haviam caído 5,63% em junho.
Os preços dos combustíveis (alta de 0,38%) desaceleraram em relação ao mês passado (3,69%), mas a gasolina, com alta de 0,50% em julho, acumula variação de 40,32% nos últimos 12 meses.
Deflação no grupo saúde
Houve deflação no grupo saúde e cuidados pessoais (-0,24%). O IBGE explicou que isto é reflexo do reajuste de -8,19% autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 8 de julho, retroativa a maio deste ano.
É a primeira vez que a ANS autoriza um reajuste negativo.
Metodologia
Os preços foram coletados entre 15 de junho e 13 de julho de 2021 (referência) e comparados aos vigentes de 14 de maio a 14 de junho de 2021 (base).
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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