Falta de chuva, variante delta e eleição ameaçam reduzir PIB em 2021 e 2022
Racionamento de energia por falta de chuvas, piora da pandemia de covid-19 e tensões na eleição presidencial são alguns dos principais riscos para a economia do Brasil neste e no próximo ano, segundo economistas ouvidos pelo UOL.
A variante delta é extremamente transmissível, tendo elevado muito o número de casos nas economias avançadas. Essa variante já chegou ao Brasil e vem se tornando a predominante. Nas economias avançadas, o intervalo entre a identificação da delta e o aumento expressivo dos casos foi de, em média, 90 dias. Dessa forma, é particularmente importante monitorar a pandemia em setembro
José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos
Camargo aponta seis riscos que podem afetar o PIB (Produto Interno Bruto) ainda em 2021 e no próximo ano. São eles:
- aumento nos casos de covid-19 decorrente da variante delta
- alta da inflação
- seca e racionamento de energia
- risco político e eleitoral
- rápida redução dos estímulos econômicos pelo governo dos EUA
- escassez de insumos industriais
Aumento de gastos públicos preocupam, diz economista
A economista-chefe do Credit Suisse, Solange Srour, declara que, entre os principais riscos para a economia ainda em 2021 estão a inflação, o aumento dos gastos públicos e uma piora do cenário internacional.
Estamos mais pessimistas com os fatores internos, preocupados com a inércia inflacionária, com a fragilidade das nossas regras fiscais e com o agravamento da crise hídrica
Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse
Para 2022, ela diz que a incerteza eleitoral, a eventual continuidade da alta dos preços e um aumento de juros maior do que o esperado são os principais riscos para o crescimento.
Incertezas eleitorais chamam atenção, diz analista
Para o estrategista-chefe do Modalmais, Felipe Sichel, há dois principais riscos para o crescimento econômico brasileiro.
O primeiro está relacionado à desaceleração da atividade global, em especial dos Estados Unidos e da China. Os dois países ditam os rumos da economia do mundo e demandam produtos exportados pelo Brasil.
O segundo risco, segundo Sichel, está ligado ao cenário de incerteza eleitoral no Brasil, que pode contribuir para que as famílias e as empresas adiem decisões de consumo e de investimentos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.