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Banco do Nordeste nega irregularidades em contrato vigente desde 2003

Suspeitas envolvendo contrato com o Inec foram levantadas pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto - Divulgação/Banco do Nordeste
Suspeitas envolvendo contrato com o Inec foram levantadas pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto Imagem: Divulgação/Banco do Nordeste

Do UOL, em São Paulo

28/09/2021 16h21Atualizada em 28/09/2021 16h35

O Banco do Nordeste, de propriedade do governo federal, negou hoje, em nota, a existência de irregularidades em contrato firmado com o Inec (Instituto Nordeste Cidadania), que atua focando no desenvolvimento sustentável de comunidades da região.

Segundo a instituição, a parceria com o Inec data desde 2003, "quando teve início o processo de expansão do programa de microcrédito produtivo e orientação urbana do Banco do Nordeste".

"Sua contratação está em conformidade com a legislação vigente. O Inec presta o serviço de operacionalizar os programas de microcrédito do Banco do Nordeste", disse a instituição

A nota é uma reação ao vídeo do presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP), em que ele disse ter recebido mensagens do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), indagando se ele tinha conhecimento de um contrato de cerca de R$ 600 milhões entre o banco e a ONG.

Ex-deputado federal, Valdemar Costa Neto foi condenado no caso do mensalão. No Congresso, o partido é aliado do governo do presidente Jair Bolsonaro, sendo a terceira maior bancada da Câmara, com 43 deputados, liderando o centrão ao lado do PP, com 42.

O atual presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, foi indicado ao cargo pelo PL, segundo afirmação do próprio Costa Neto no vídeo. Segundo o ex-deputado, ele conversou com o presidente do banco, oportunidade em que teve para criticar o contrato.

"Nós não podemos ter uma ONG contratada em um banco da importância do Banco do Nordeste", disse Valdemar Costa Neto, criticando o valor milionário do contrato.

Valdemar disse ainda ter enviado ofícios ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), e da secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-GO), com cópia ao presidente Bolsonaro, pedindo a demissão de Carneiro Rolim e de toda a diretoria do banco.

"O Partido Liberal não pode manter diretores em um banco que encontram uma situação dessa e não encontram providência", disse o líder partidário.