PRF atua para debelar última concentração de caminhoneiros, diz governo
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) destacou 200 policiais para garantirem o "retorno da normalidade" na região do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, onde há o último ponto de concentração de caminhoneiros grevistas no Brasil, segundo o Ministério da Infraestrutura.
De acordo com a pasta, o penúltimo ponto de concentração de caminhoneiros — na altura do km 276 da BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), em Barra Mansa (RJ) — já foi desmobilizado, restando apenas o existente no Porto de Santos, o mais movimentado terminal portuário do Brasil.
O efetivo de duas centenas de policiais se dirige a Santos para operar "na formação de um grande corredor de segurança", atuando "desde o acesso aos terminais até a subida da Serra do Mar".
A ação conta com apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que auxilia a Polícia Rodoviária Federal no fluxo de transporte para as áreas externas do Porto de Santos.
Caminhoneiros autônomos deflagraram uma greve na última segunda-feira (1º) para protestar contra a política de preços da Petrobras e a alta no preço do diesel, que reduz os lucros da categoria. O movimento, porém, não teve forte adesão entre os motoristas.
O governo federal também conseguiu na Justiça um total de 29 liminares para impedir bloqueios de grevistas nas estradas — sob risco de multas que poderiam chegar a R$ 1 milhão —, o que acabou enfraquecendo o movimento.
Em Santos, desde a última segunda-feira, caminhoneiros almejavam estrangular as operações no porto, impedindo que cargas que chegassem ao local fossem escoadas, forçando o governo a negociar com a categoria.
Mas, segundo o governo, por volta de 80% dos navios atracados em Santos estão operando "sem qualquer restrição". "O restante opera em menor escala em razão da cautela por parte de transportadoras e embarcadores no acesso ao porto diante do temor de represálias", afirmou.
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