'Questão não é legalidade, é ética', diz deputado sobre offshore de Guedes
Em entrevista ao UOL News, o deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) afirmou que a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Câmara dos Deputados para explicar sobre a offshore em paraíso fiscal não foi para esclarecer a legalidade da conta no exterior, mas sim a ética do ato.
Guedes participou hoje de audiência na Casa para falar aos parlamentares sobre movimentações financeiras fora do país, ação que levanta suspeita de conflito de interesses pelo seu cargo ocupado no Planalto. Ramos é um dos autores do requerimento de convocação do ministro — o segundo feito após Guedes faltar à primeira audiência.
"O paraíso fiscal é visto como uma lavanderia [para o dinheiro ilícito] mesmo que alguém consiga dar formas de legalidade", disse Paulo Ramos. "A questão do debate não é legalidade, é a ética. É um escândalo que um ministro da Economia do Brasil tenha conta num paraíso fiscal."
Para o pedetista, por mais que o ministro se esforce em comprovar a legalidade da offshore e diga que não praticou nenhum ato que pudesse gerar vantagens para ele, Guedes se beneficiou, por exemplo, da variação do dólar com a existência de contas no exterior.
"O ministro Paulo Guedes conseguiu fazer com que a ética pública deixasse de existir. O código da ética pública é claro: ele não pode ter [contas estrangeiras]. Guedes persiste em tentar desfazer aquilo que é óbvio: ele não pode ser ministro da economia tendo conta em paraíso fiscal", afirmou Ramos.
"Ele pode se esforçar de todas as maneiras, mas um ministro da Economia de nenhum país não pode ter conta em paraíso fiscal."
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