Aníbal diz que Lira não tem motivos para fatiar PEC dos Precatórios
O Senado aprovou a PEC dos Precatórios, que viabiliza o Auxílio Brasil de R$ 400, mas alguns senadores estão preocupados com a nova votação na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao UOL News, o senador José Aníbal (PSDB) mandou um recado para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Disse que ficará "ruim" se ele tentar fatiar a proposta, como tem sido cogitado.
"Isso seria muito ruim para o Lira e para a Câmara, porque essa PEC é para o Auxilio Emergencial. E isso (o auxílio) está equacionado no texto. Asseguramos o programa por quatro anos. Não deixamos brecha para nada, nem um centavo para emenda de orçamento ou outra estripulia eleitoreira", alertou Aníbal.
O tucano disse que a PEC podia ser usada pelo governo para outros fins, mas acredita que o Senado evitou isso.
"O Bolsonaro, lá nas arábias, avisou que, com PEC, vai ter dinheiro para reajuste, isso e aquilo. Mas não está pagando nem o que deve. Então é estranho fatiar. Por que fatiar? Está tudo amarrado. Não tem mágica", concluiu Aníbal.
PEC dos Precatórios
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios foi aprovada na tarde dessa quinta-feira (2) no plenário do Senado, em votação de segundo turno, por 61 votos a 10. Houve uma abstenção. Agora, ela volta para a Câmara, onde passará por nova votação também em dois turnos.
Com a PEC dos Precatórios, o governo planeja pagar R$ 400 por mês os beneficiários do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família) para cerca de 17 milhões de pessoas em 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará a reeleição. Porém, pela MP (Medida Provisória) que cria o Auxílio Brasil, o benefício seria concedido a 20 milhões de famílias. A MP também foi aprovada no Senado nesta quinta.
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