Tarcísio diz que eleições não vão interferir em leilões de aeroportos

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que o ano eleitoral não vai interferir no calendário de privatizações elaborado pelo governo federal, sobretudo no que diz respeito aos leilões dos aeroportos de Santos Dumont no Rio de Janeiro, e o de Congonhas em São Paulo, que devem acontecer no primeiro semestre de 2022.

Em entrevista à BandNews, Tarcísio lembrou da viagem realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros membros do governo ao Oriente Médio no final do ano passado, e pontuou que o intuito foi para falar com investidores dos Estados Unidos, da Europa e do Oriente Médio a fim de "passar tranquilidade em relação ao calendário eleitoral", e dizer: "'Olha, nós vamos ter um ano de eleições, mas não se afastem dos estudos e dos projetos porque isso não vai interferir nos leilões'".

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Segundo o ministro, 2022 será um ano "bastante agitado" em termos de "transferências de ativos para a iniciativa privada, leilões de concessões e leilões de privatizações". Dentro desse pacote de leilões, estão situados os aeroportos de Santos Dumont, o de Congonhas, além de um exclusivo para aviação executiva.

Ao contrário de Congonhas, que vai a leilão em bloco, o de Santos Dumont será ofertado de forma individual, novidade que agradou o governo do Estado, gerido por Cláudio Castro (PSC), e também a prefeitura do Rio, sob a administração de Eduardo Paes (PSD), de acordo com Tarcísio de Freitas.

"O aeroporto de Santos Dumont vai para leilão isoladamente. Isso gera valor para Santos Dumont e a gente tenta atender um pleito que veio do setor produtivo do Rio", declarou o ministro, ressaltando que esse modelo de negócio não afetará a atratividade dos blocos e, pelo contrário, "começamos a ter muita procura por reuniões por parte de grupos estrangeiros" interessados.

Já o aeroporto de Congonhas será leiloado em um super bloco, que conta com a participação de três aeroportos do Mato Grosso do Sul, quatro do Pará e serão "agregados" mais três aeroportos de Minas Gerais, por possuírem uma maior "sinergia" com São Paulo do que com o Rio de Janeiro.

Por fim, também foi criado outro bloco destinado exclusivamente aos aeroportos dedicados à aviação executiva, que engloba o aeroporto de Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, e o de Jacarepaguá na zona oeste do Rio.

Em seu perfil no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse que os quatro lotes de aeroportos oferecidos à iniciativa privada no primeiro semestre de 2022 trarão "investimentos na casa dos R$ 8,63 bilhões".