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Dólar opera em queda, a R$ 5,20; Bolsa sobe 0,98% após prévia da Petrobras

UOL

Em São Paulo

10/02/2022 10h16Atualizada em 10/02/2022 14h13

O dólar comercial operava em queda e a Bolsa em alta na manhã de hoje. Por volta das 14h10 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,52%, negociada a R$ 5,20, saindo de máximas alcançadas na esteira de leitura de inflação mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, uma vez que o patamar elevado dos juros no Brasil pode proteger o real de eventual endurecimento da política monetária norte-americana.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, subia 0,98%, a 113.563,62 pontos, com investidores reagindo aos dados de produção e vendas da Petrobras. Os números operacionais da Vale e o balanço financeiro do Itaú Unibanco saem após o fechamento do mercado.

Ontem (9) o dólar comercial teve queda de 0,64%, fechando a R$ 5,227 na venda, e a Bolsa a 112.461,391 pontos, com valorização de 0,2%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Índice de preços ao consumidor

O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,6% no mês passado, após alta também de 0,6% em dezembro. Nos 12 meses até janeiro, o índice saltou 7,5%, maior avanço anual desde fevereiro de 1982, e acelerando ante ganho de 7% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,5% para o índice no mês e acréscimo de 7,3% na base anual.

"O dado veio ligeiramente acima do consenso; isso tem um impacto negativo no real e em outras moedas emergentes, já que indica que a inflação nos Estados Unidos continua forte e persistente, e, diante desses dados, o Fed deve apresentar postura mais 'hawkish' (agressiva no combate à inflação)", disse à Reuters Felipe Izac, sócio da gestora Nexgen Capital.

No entanto, ele afirmou que o ambiente doméstico conta com um colchão que limita a vulnerabilidade da moeda brasileira a aumentos de juros nos EUA, que é o patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

Custos de empréstimos mais altos em determinado país tendem a beneficiar a moeda local, ao elevar a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico.

O banco central da maior economia do mundo já sinalizou que vai começar a elevar os juros em março, mas não há consenso sobre a magnitude do ajuste. Antes dos dados de inflação desta quinta, a maioria das apostas era em alta de 0,25 ponto percentual nos juros no mês que vem, mas, agora, os mercados monetários já precificam 50% de chance de um aumento mais agressivo, de 0,5 ponto.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

Com Reuters