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Dólar sobe 2,02% e vai a R$ 5,105 com invasão da Ucrânia; Bolsa cai

Do UOL, em São Paulo

24/02/2022 09h18

Depois de quatro quedas consecutivas, o dólar virou e fechou esta quinta-feira (24) em alta de 2,02%, vendido a R$ 5,105. A alta é reflexo da invasão da Ucrãnia pela Rússia. Segundo a agência de notícias Reuters, foi a maior alta percentual em um dia desde setembro do ano passado.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou em queda de 0,37%, a 111.591,97 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Europa também sofre

As Bolsas de Valores da Europa também tiveram forte queda na sessão, com perdas que ultrapassaram os 4% em alguns países. Entre os principais índices, as maiores baixas registradas foram:

  • Dublin (ISEQ), na Irlanda: -4,57%

  • Milão (FTSE MIB), na Itália: -4,14%
  • Frankfurt (DAX), na Alemanha: -3,96%
  • Londres (FTSE 100), na Inglaterra: -3,88%
  • Paris (CAC 40), na França: -3,83%
  • Helsinki (OMX), na Finlândia: -3,81%
  • Madri (MADX), na Espanha: -2,95%
  • Amsterdã (AEX), na Holanda: -2,66%

Ataque da Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi à TV na madrugada desta quinta (horário de Brasília) para dizer que faria uma "operação militar especial" no Donbass, a área de maioria russa no leste da Ucrânia. Seu comando militar, porém, confirmou que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas".

Em comunicado divulgado horas após os ataques, o Kremlin declarou que a operação militar contra a Ucrânia durará o tempo que for necessário, dependendo de seus "resultados" e de sua "relevância".

Posteriormente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou em discurso à nação o rompimento das relações diplomáticas com Moscou. Ele também adotou lei marcial em todo o território ucraniano — uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.

A Rússia tem mais de 150 mil soldados, tanques e mísseis posicionados ao longo da fronteira ucraniana. O regime de Vladimir Putin — que, inicialmente, negou a intenção de invasão e acusou americanos de "histeria" — reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.

Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a operação militar da Rússia na Ucrânia, que definiu como "não provocada e injustificada". Para o americano, Putin escolheu uma "guerra premeditada" e "que trará uma perda catastrófica". "Os EUA e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia", disse Biden em comunicado enviado à imprensa.

Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.

(Com AFP e Reuters)

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Errata: este conteúdo foi atualizado
O título, o texto e a Home Page do UOL informavam erradamente que a cotação do dólar desta quinta-feira, de R$ 5,105, havia sido a mais alta desde setembro. O que foi mais alto foi a valorização diária, de 2,02%. A informação foi corrigida.