Dólar sobe 2,02% e vai a R$ 5,105 com invasão da Ucrânia; Bolsa cai
Depois de quatro quedas consecutivas, o dólar virou e fechou esta quinta-feira (24) em alta de 2,02%, vendido a R$ 5,105. A alta é reflexo da invasão da Ucrãnia pela Rússia. Segundo a agência de notícias Reuters, foi a maior alta percentual em um dia desde setembro do ano passado.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou em queda de 0,37%, a 111.591,97 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Europa também sofre
As Bolsas de Valores da Europa também tiveram forte queda na sessão, com perdas que ultrapassaram os 4% em alguns países. Entre os principais índices, as maiores baixas registradas foram:
Dublin (ISEQ), na Irlanda: -4,57%
- Milão (FTSE MIB), na Itália: -4,14%
- Frankfurt (DAX), na Alemanha: -3,96%
- Londres (FTSE 100), na Inglaterra: -3,88%
- Paris (CAC 40), na França: -3,83%
- Helsinki (OMX), na Finlândia: -3,81%
- Madri (MADX), na Espanha: -2,95%
- Amsterdã (AEX), na Holanda: -2,66%
Ataque da Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi à TV na madrugada desta quinta (horário de Brasília) para dizer que faria uma "operação militar especial" no Donbass, a área de maioria russa no leste da Ucrânia. Seu comando militar, porém, confirmou que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas".
Em comunicado divulgado horas após os ataques, o Kremlin declarou que a operação militar contra a Ucrânia durará o tempo que for necessário, dependendo de seus "resultados" e de sua "relevância".
Posteriormente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou em discurso à nação o rompimento das relações diplomáticas com Moscou. Ele também adotou lei marcial em todo o território ucraniano — uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.
A Rússia tem mais de 150 mil soldados, tanques e mísseis posicionados ao longo da fronteira ucraniana. O regime de Vladimir Putin — que, inicialmente, negou a intenção de invasão e acusou americanos de "histeria" — reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a operação militar da Rússia na Ucrânia, que definiu como "não provocada e injustificada". Para o americano, Putin escolheu uma "guerra premeditada" e "que trará uma perda catastrófica". "Os EUA e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia", disse Biden em comunicado enviado à imprensa.
Este conteúdo foi gerado pelo sistema de produção automatizada de notícias do UOL e revisado pela redação antes de ser publicado.
(Com AFP e Reuters)
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