Assim como EUA, Reino Unido anuncia que deixará de importar petróleo russo
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou nesta terça-feira (8) que o governo vai seguir os Estados Unidos e reduzir gradativamente as importações de petróleo da Rússia até chegar a zero. A informação já havia sido adiantada pelo secretário de Energia britânico, Kwasi Kwarteng, pelas redes sociais.
A Grã-Bretanha é menos dependente das importações russas de combustíveis fósseis em comparação com grande parte da Europa continental. A Alemanha continua resistente a uma proibição total por aliados ocidentais por ser dependente da Rússia no setor.
O alto representante da UE (União Europeia) para assuntos externos, Josep Borrell, disse que a união "não pretende proibir a importação de energia russa", conforme reportado pela rede de televisão ucraniana Nexta e a emissora da Rússia NTV.
"O Reino Unido é um produtor significativo de petróleo e derivados, além de possuir reservas significativas. Além da Rússia, a grande maioria de nossas importações vem de parceiros confiáveis, como EUA, Holanda e Golfo. Trabalharemos com eles este ano para garantir mais suprimentos", declarou Kwarteng.
Segundo o jornal Financial Times, Johnson deve fazer uma declaração adicional no final da semana sobre como reduzir as importações britânicas de gás russo.
O primeiro-ministro prometeu uma nova estratégia energética a ser publicada na próxima quinzena, enfatizando a necessidade de aumentar a produção dos campos de petróleo e gás do Mar do Norte, além de intensificar as energias renováveis
Biden anuncia suspensão da importação
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que irá suspender as importações de petróleo, gás e energia da Rússia, como sanção pela invasão da Ucrânia.
"Os Estados Unidos vão mirar na principal artéria da economia da Rússia", disse em pronunciamento. "Isso significa que o petróleo russo não será mais aceito nos portos norte-americanos, e o povo americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de [Vladimir] Putin".
A perspectiva de que os Estados Unidos, o maior consumidor mundial da commodity, vá prescindir da extração russa pelo conflito na Ucrânia elevou o preço do barril Brent acima dos US$ 130 (equivalente a cerca de R$ 662), o maior valor nominal em 14 anos (sem corrigir pela inflação).
Mais cedo, a Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas sejam impostas ao setor energético, o que impulsionou os preços do barril de petróleo. Cerca de 40% do gás usado pelos europeus vem do país.
Segundo Biden, a decisão de suspender as importações foi tomada em "consulta próxima" com os países aliados na Europa.
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