Mega-Sena: Quanto rende o prêmio de R$ 45 milhões na poupança e no CDB?
A Mega-Sena pode pagar neste sábado (9) cerca de R$ 45 milhões. O prêmio milionário pode comprar casas luxuosas como a da atriz Scarlett Johansson e a da cantora Whitney Houston e relógios da coleção de Cristiano Ronaldo.
Mas e se esse dinheiro todo fosse investido em renda fixa, com a possibilidade de aumentar o patrimônio em mais de R$ 300 mil ao mês?
O UOL conversou com Jhon Wine, educador financeiro do Dsop, que traz dicas de onde aplicar essa bolada. Os cálculos consideram os juros e a inflação de hoje. Se os números forem atualizados, os ganhos também serão alterados.
O valor do prêmio divulgado pela Caixa já inclui o desconto de 30% da alíquota de Imposto de Renda, ou seja, o vencedor da Mega-Sena receberá a quantia líquida de cerca R$ 45 milhões.
Poupança garante R$ 240 mil
A caderneta de poupança é uma opção queridinha dos brasileiros, mas rejeitada por especialistas por causa de seu baixo retorno (confira os valores abaixo). Sua rentabilidade atualmente é de 0,58%, segundo atualização feita pelo BC (Banco Central) na quinta-feira (7).
Nos cálculos de Wine, a aplicação de R$ 45 milhões nessa modalidade rende ganhos adicionais de R$ 240 mil ao mês.
Trata-se de um bom valor, mas há títulos públicos e privados que oferecem mais renda ao investidor.
Tesouro Selic e CDB rendem mais de R$ 300 mil
Títulos públicos do Tesouro Nacional — emitidos pelo governo federal — e de instituições privadas, como bancos, são mais rentáveis que a tradicional poupança.
Por exemplo, o Tesouro Selic, atrelado à taxa básica de juros, a Selic (hoje em 11,75%), dá uma renda extra de R$ 320 mil a cada 30 dias.
Já o CDB (Certificado de Depósito Bancário) que rende 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) oferece um pouco a mais: R$ 324 mil — se o investidor aplicar todo o prêmio de R$ 45 milhões.
As duas opções têm rendimentos mensais muito próximos: o Tesouro Selic atualmente dá retorno de 0,74% e o CDB com 100%, de 0,75%.
A diferença é que no Tesouro Selic — e nos demais títulos públicos — o dinheiro é emprestado para o governo federal, enquanto no CDB esse empréstimo é feito para instituições financeiras. Ambos podem ser resgatados antecipadamente, destaca Wine.
O especialista diz que outra diferença é que o governo é obrigado a pagar o investidor que aplica em títulos públicos, independentemente do valor aplicado. Por sua vez, os títulos de CDB são cobertos em até R$ 250 mil pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma entidade privada que protege depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional.
O Tesouro Direto limita as aplicações mensais a R$ 1 milhão por investidor.
Tesouro IPCA é mais atraente
O Tesouro IPCA prevalece como opção muito atraente de renda fixa. Essa modalidade está atrelada ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação brasileira, atualmente em 11,3% no acumulado de 12 meses.
O governo disponibiliza opções com datas de vencimento de cinco a mais de 30 anos. O Tesouro IPCA com resgate em 2055 (a data mais longa), se levar em conta um rendimento mensal de 1%, rende R$ 432 mil ao mês.
A partir dessa estimativa, o futuro vencedor da Mega-Sena tem a possibilidade de alcançar a tão almejada aposentadoria com saúde financeira.
Mas fica um alerta: Jhon Wine afirma que, qualquer que seja o investimento, o mais importante é ter uma carteira diversificada, com aplicações em mais de um título.
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