Amazon passará por auditoria racial liderada por ex-procuradora dos EUA
A Amazon disse que concordou em passar por uma auditoria independente de equidade racial, juntando-se a outras empresas, como Citigroup. A análise, para verificar se seus negócios causam e perpetuam discriminação, será liderada pela ex-procuradora-geral dos EUA Loretta Lynch, que agora é sócia de um escritório de advocacia, segundo comunicado aos acionistas. As informações são da Bloomberg.
A revisão medirá quaisquer impactos raciais díspares nos funcionários horistas da Amazon nos Estados Unidos resultantes de políticas, programas e práticas, disse a varejista online. A empresa informou ainda que publicará os resultados da auditoria quando ela for concluída.
O Fundo Comum de Aposentadoria do Estado de Nova York e seu controlador Thomas DiNapoli, que pressionou a Amazon a realizar a auditoria, disseram que esperavam saber mais sobre o plano da Amazon para uma revisão e que "continuam preocupados com o fato de a empresa ter fornecido poucos detalhes e não ter garantido que a auditoria será independente".
O fundo de pensão de Nova York entrou com uma resolução de acionista na Amazon em 2021 pedindo uma auditoria, citando suposta discriminação dos trabalhadores negros e latinos da empresa, seus baixos salários e exposição a condições de trabalho perigosas, incluindo covid-19, bem como poluição do ar de instalações de distribuição localizadas em bairros minoritários, informou a agência.
Embora a proposta tenha falhado, obteve 44,2% de apoio dos acionistas, de acordo com a Bloomberg Intelligence.
O plano de pensão de Nova York submeteu uma proposta similar para a reunião anual da Amazon em 25 de maio, mas a empresa está aconselhando os acionistas a votarem contra a resolução porque agora está fazendo uma auditoria. Um porta-voz da empresa se referiu ao comunicado a acionistas apresentado na semana passada.
Segundo a Bloomberg, a Airbnb foi a primeira empresa a fazer uma auditoria racial, em 2016, com Starbucks e Facebook vindo na sequência.
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