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Datena critica Guedes: 'sem ele, Bolsonaro poderia estar à frente de Lula'

Datena critica Paulo Guedes e fala de cenário eleitoral - Reprodução/Band
Datena critica Paulo Guedes e fala de cenário eleitoral Imagem: Reprodução/Band

Do UOL, em São Paulo

28/04/2022 18h45

O apresentador José Luiz Datena criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, no que diz respeito ao auxílio emergencial. Durante o programa Brasil Urgente, na Band, hoje, ele falou sobre o valor do auxílio emergencial e disse que sem Guedes o presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia até estar liderando as pesquisas eleitorais.

"O Paulo Guedes dá auxílio de R$ 400 e acha que fez grande coisa. Devia ter dado muito mais. (...) e cortou esse auxílio no meio do caminho. Tanta gente morrendo de fome por causa disso. Eu tenho a impressão que se não fosse o Paulo Guedes, o Bolsonaro poderia estar na frente do Lula nas pesquisas", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem liderado as pesquisas de intenções de voto para as eleições presidenciais deste ano. O último cenário testado pela pesquisa BTG/FSB, por exemplo, aponta que o petista tem 41%. Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 32%, no cenário principal com 12 pré-candidatos.

Datena também usou o espaço do programa para falar da quantidade de desempregados no Brasil, e dificuldades de famílias endividadas. O apresentador comentava o caso de uma família encontrada morta em Porto Alegre ontem, e um caso semelhante registrado hoje na mesma cidade.

"Nós estamos em um país onde as pessoas já sofrem, ou já sofriam antes da pandemia. Há muito tempo que o pobre sofre nesse país. O pobre até aguenta sofrer, passar necessidade, fome, até o extremo de ver o filho chorar. (...) Essas pessoas precisam de ajuda. Primeiro, precisam de comida", disse.

Auxílio emergencial acabou em novembro

O auxílio emergencial terminou em novembro, deixando pelo menos 20 milhões de pessoas sem benefício nenhum. No mesmo mês, começaram os pagamentos do Auxílio Brasil, mas só foram contemplados no novo programa os beneficiários do antigo Bolsa Família, que foi extinto pelo governo.

O benefício foi criado em abril de 2020 para ajudar trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, MEIs e desempregados durante a crise gerada pela pandemia do coronavírus. Foram nove parcelas no primeiro ano, e outras sete em 2021 - de abril a outubro.