'Para torcida ou para mercado?', pergunta Chorão sobre troca de ministro
O caminhoneiro Wallace Landim, o "Chorão", presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), divulgou uma nota hoje em que questiona a motivação da troca do ministro de Minas e Energia. Bento Albuquerque deixou o cargo hoje após mais uma alta no preço do diesel.
"Minha pergunta é se esse movimento no MME [Ministério de Minas e Energia] é para jogar para torcida ou para o mercado financeiro", indaga, no texto.
Chorão diz que seria um movimento conjunto dos ministros Ciro Nogueira e Paulo Guedes, Casa Civil e Economia, respectivamente, para pressionar integrantes do Conselho de Administração da Petrobras por uma mudança na política de preços da estatal.
A saída de Bento Albuquerque do cargo acontece após recentes ataques do presidente Bolsonaro (PL) à política de preços da Petrobras, estatal ligada à pasta de Minas e Energia. Na segunda-feira (10), a empresa anunciou aumento de 8,87% no preço do diesel nas suas refinarias. Nos postos, o preço do diesel aumentou em 96% durante o governo Bolsonaro, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em seu lugar, entra Adolfo Sachsida, que atuava no Ministério da Economia, ao lado do ministro Paulo Guedes.
"Os impactos dos aumentos do óleo diesel na estrutura de custo dos transportadores autônomos é trágico. [...] O povo brasileiro não aguenta mais ser saqueado pela Petrobras e seus acionistas. A situação passou de todos os limites", afirma Chorão na carta.
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