Apoiadores comemoram ao não entender ironia de Bolsonaro: 'Gasolina a R$ 3'
Uma fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) causou confusão entre os apoiadores que conversavam com ele na noite de hoje. Durante uma conversa sobre a postura de adversários e outros governantes, o chefe do Executivo falou sobre promessas relacionadas ao preço da gasolina, o que soou como promessa para os bolsonaristas que estavam no local.
No "cercadinho", Bolsonaro alfinetou governos de esquerda ao redor do mundo pelos "discursos fáceis": "É sempre aquele discurso fácil, de 'salvar, ajudar'. 'A gasolina vai voltar a R$ 3 o litro'. Está no mundo todo a R$ 12, só aqui que vai voltar a R$ 3", ironizou.
Nesse momento, foi aplaudido pelos apoiadores e, aparentemente desconfortável, tentou corrigir: "Não, peraí, peraí", disse. Ao que uma mulher completou: "Isso é o que dizem, é o que estão prometendo". Bolsonaro concordou: "É o que o outro cara diz, não é o que eu digo."
Bolsonaro evitou, porém, comentar sobre a mais recente troca na presidência da Petrobras, anunciada ontem à noite. Foi a terceira no governo dele e a segunda apenas este ano.
Além disso, o presidente falou sobre "problemas que apareceram" durante o seu mandato. Disse receber ataques "de tudo quanto é lado" e ainda criticou quem vota nulo, mas disse não estar pedindo votos.
"Não se esqueçam que vocês são responsáveis pelas suas decisões. Igual casamento, o cara casa errado, começa torto. Ou vota com raivinha, ou não vota em ninguém", falou.
Bolsonaro voltou a se isentar pela alta da inflação e atribuiu a subida apenas a fatores externos, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O presidente afirmou estar fazendo sua parte, mas que não governa o mundo inteiro: "Tem um cara que diz que vai [resolver o mundo] tomando cerveja", falou, em possível referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu maior rival no pleito de outubro.
Ingresso na OCDE
Durante a conversa, Bolsonaro também disse aos apoiadores acreditar que o Brasil ingressará na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, que reúne países desenvolvidos, em "dois ou três anos".
"Estão entregando para nós um protocolo para realmente marcharmos [adiante]. Em dois ou três anos, saí", afirmou Bolsonaro. A promessa de ingresso na Organização já foi feita pelo presidente e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em outras ocasiões.
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