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Guedes: Se reeleito, Bolsonaro vai privatizar Petrobras e acelerar reformas

Ministro da Economia, Paulo Guedes - Clauber Cleber Caetano/Presidência da República
Ministro da Economia, Paulo Guedes Imagem: Clauber Cleber Caetano/Presidência da República

Do UOL, em São Paulo

26/05/2022 09h19

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje a um grupo de jornalistas que se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for reeleito deve privatizar a Petrobras, fazer acordos comerciais e acelerar as reformas. A declaração foi feita pelo ministro em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial.

Vamos privatizar a Petrobras, fazer vários acordos comerciais, vamos fazer bem mais do que temos feito até agora.
Ministro da Economia, Paulo Guedes

A proposta de privatização da Petrobras foi anunciada no dia 12 de maio pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, diante do aumento constante de preços dos combustíveis no Brasil.

Mas pesquisa Ipespe contratada pela XP Investimentos e divulgada na semana passada apontou que 49% dos entrevistados são contra a privatização da Petrobras, 38% são favoráveis e 13% não souberam ou não responderam.

Em Davos, Guedes disse ainda que a pandemia da covid-19 acabou impedindo que as reformas que previa avançassem como esperado —ele não especifica sobre quais reformas estava falando. E ressaltou que o Brasil está saindo da crise com o "fiscal forte" e com a política monetária necessária para combater a inflação —ou, na linguagem do mercado financeiro, "na frente da curva".

Para o ministro, enquanto o mundo —sobretudo países do Ocidente— está "entrando no inferno", em uma crise que promete ser longa, o Brasil está saindo.

O fórum de Davos tradicionalmente reúne autoridades de relevância mundial para discussão de temas econômicos, sociais, ambientais e de tecnologia.

Entre os participantes da edição deste ano estiveram: Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu; Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI); Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia; e John Kerry, enviado especial para o clima dos Estados Unidos.

A edição de 2021 do fórum foi cancelada devido à pandemia da covid-19 e a deste ano, prevista inicialmente para ocorrer em janeiro, como tradicionalmente acontece, foi adiada para maio diante da disseminação da variante ômicron do vírus.

*Com informações das agências Estadão Conteúdo e Reuters