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Queiroga diz que não vai interferir no aumento dos planos de saúde

Ministro da Saúde Marcelo Queiroga - Walterson Rosa/MS
Ministro da Saúde Marcelo Queiroga Imagem: Walterson Rosa/MS

Do UOL, em São Paulo

27/05/2022 16h46

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não vai interferir nos preços dos planos de saúde. A declaração foi feita após anúncio da ANS (Associação Nacional de Saúde Suplementar) de aumento de 15,5% em planos de saúde individuais, o maior desde 2000.

"Não é função do Ministério da Saúde interferir nesse mercado", afirmou Queiroga, ao ser questionado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

Pelas redes sociais, o ministro defendeu hoje que são necessárias mudanças estruturais no setor privado. Segundo o chefe da Saúde, os aumentos pagos pelos brasileiros "não necessariamente estão associados com a qualidade do serviço prestado".

"Reafirmo o que tenho dito desde que assumi o Ministério da Saúde: são necessárias mudanças estruturais no setor privado, como maior transparência, mais eficiência e ampliação da concorrência", escreveu.

Reajuste dos planos de saúde

Os planos de saúde individuais e familiares ficarão até 15,5% mais caros, segundo decisão da ANS de ontem. É o maior percentual de reajuste anual autorizado pela agência desde 2000, ano de início da série histórica - o maior reajuste autorizado anteriormente tinha sido de 13,57%, em 2016.

A medida vai impactar contratos de cerca de oito milhões de beneficiários, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de saúde no Brasil. O aumento se refere ao período de maio de 2022 a abril de 2023 e só poderá ser aplicado no mês de aniversário do contrato —ou seja, no mês que o contrato foi assinado.

Analistas avaliam que o reajuste fará muitos brasileiros saírem dos planos e procurarem o SUS (Sistema Único de Saúde), causando mais pressão e filas no serviço público. Para especialistas em direito do consumidor, o reajuste foi muito alto. Já a ANS diz que os custos dos planos e a inflação subiram muito.