Queiroga diz que não vai interferir no aumento dos planos de saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não vai interferir nos preços dos planos de saúde. A declaração foi feita após anúncio da ANS (Associação Nacional de Saúde Suplementar) de aumento de 15,5% em planos de saúde individuais, o maior desde 2000.
"Não é função do Ministério da Saúde interferir nesse mercado", afirmou Queiroga, ao ser questionado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
Pelas redes sociais, o ministro defendeu hoje que são necessárias mudanças estruturais no setor privado. Segundo o chefe da Saúde, os aumentos pagos pelos brasileiros "não necessariamente estão associados com a qualidade do serviço prestado".
"Reafirmo o que tenho dito desde que assumi o Ministério da Saúde: são necessárias mudanças estruturais no setor privado, como maior transparência, mais eficiência e ampliação da concorrência", escreveu.
Reajuste dos planos de saúde
Os planos de saúde individuais e familiares ficarão até 15,5% mais caros, segundo decisão da ANS de ontem. É o maior percentual de reajuste anual autorizado pela agência desde 2000, ano de início da série histórica - o maior reajuste autorizado anteriormente tinha sido de 13,57%, em 2016.
A medida vai impactar contratos de cerca de oito milhões de beneficiários, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de saúde no Brasil. O aumento se refere ao período de maio de 2022 a abril de 2023 e só poderá ser aplicado no mês de aniversário do contrato —ou seja, no mês que o contrato foi assinado.
Analistas avaliam que o reajuste fará muitos brasileiros saírem dos planos e procurarem o SUS (Sistema Único de Saúde), causando mais pressão e filas no serviço público. Para especialistas em direito do consumidor, o reajuste foi muito alto. Já a ANS diz que os custos dos planos e a inflação subiram muito.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.