Ato em frente à Bolsa, em SP, critica Bolsonaro e venda da Eletrobras
Manifestantes de diversos movimentos sociais e centrais sindicais se reuniram hoje em São Paulo para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a privatização da Eletrobras. A concentração começou de manhã em frente ao prédio da B3, a Bolsa de Valores brasileira.
O presidente tinha compromisso marcado ao meio dia no local para "Ato de Capitalização da Eletrobras", segundo sua agenda oficial. O evento é uma forma de oficializar a vitória do governo — essa é a primeira privatização de Bolsonaro.
Pessoas no ato carregavam placas com dizeres "Fora Bolsonaro", "Fora Paulo Guedes", e "Querem acabar com nosso patrimônio". Outros chamavam atenção para um possível aumento na conta de energia com a desestatização da Eletrobras: "O preço da luz é um roubo".
O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) estava na manifestação e, pelas redes sociais, disse estimar um "aumento de cerca de 20% na conta de luz residencial, além do aumento do risco de apagões e crimes ambientais".
Segundo o movimento, "os atingidos por barragens afirmam há décadas que esse modelo que só atende aos interesses do capital não nos serve".
Político do PSOL e representante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos foi à manifestação para discursar. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) também participou do ato e afirmou, pelo Twitter, que um engenheiro da Eletrobras protestava contra a desestatização e foi retirado por seguranças da Bolsa de Valores.
A venda da Eletrobras recebeu aval do Congresso Nacional há um ano, em junho de 2021. Em 18 de maio, o processo foi aprovado pelo plenário do TCU (Tribunal de Contas da União) por 7 votos a 1. O único ministro contrário foi Vital do Rêgo, que ainda em abril havia demonstrado preocupação com um possível aumento nas contas de luz com a privatização.
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