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Políticos criticam novo aumento dos combustíveis pela Petrobras; veja

Reajuste foi anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (17) - REUTERS
Reajuste foi anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (17) Imagem: REUTERS

Do UOL, em São Paulo

17/06/2022 12h42Atualizada em 17/06/2022 16h43

A Petrobras autorizou hoje um novo aumento nos preços da gasolina e do diesel nas distribuidoras. Os novos preços começam a valer neste sábado (18) e desagradaram políticos que se posicionaram contra o aumento.

O litro da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 — aumento de 5,18%. Já para o diesel, a elevação foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro — alta de 14,26%. O valor do GLP foi mantido.

O PT afirmou que "Bolsonaro está roubando do bolso do povo brasileiro!".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o aumento no preço dos combustíveis e o teto sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Ciro Gomes, presidenciável do PDT, criticou a decisão da Petrobras e o presidente Bolsonaro.

O senador Randolfe Rodrigues chamou o governo de "incompetente".

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse hoje que vai reunir o colégio de líderes na próxima semana para discutir a política de preços e um aumento da taxação no lucro da Petrobras. Mais cedo, a estatal anunciou reajuste no preço da gasolina e diesel para as distribuidoras.

"Vamos fazer sim uma reunião muito dura com técnicos das áreas de energia, de petróleo, de gás, com assessoria responsável, trazer pessoas que nos orientem. Não queremos o caos, mas queremos abrir essa caixa-preta da Petrobras e responsabilizar diretoria e presidente por esses atos de má-fé com o povo brasileiro", disse Lira. As declarações foram dadas em entrevista a Globo News.

O deputado federal Marco Feliciano afirmou que os membros do Conselho de Administração da Petrobras são "traidores da pátria" e que servem "aos interesses dos grandes fundos internacionais".

Governo federal diz que é contra aumento de preços

Antes do anúncio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no Twitter que o governo federal é contra qualquer aumento.

"A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", afirma Bolsonaro.

Teto do ICMS

O Congresso Nacional aprovou essa semana um projeto de lei complementar que visa baratear o preço dos combustíveis. O projeto limita a 17% a cobrança de ICMS sobre gasolina, diesel etc.

O texto já foi aprovado pela Câmara e Senado e aguarda sanção de Bolsonaro, que defende o projeto. Especialistas de fora do governo, no entanto, alertam que o teto do ICMS pode não impedir a escalada de preços.

Isso porque, na outra ponta, os aumentos do custo do petróleo no mercado internacional e do dólar ante o real podem manter os combustíveis em alta.

Além da falta dessas certezas, o projeto traz risco à verba de escolas públicas. O ICMS é fundamental no repasse à educação no Brasil.