Mourão diz que 'era do combustível barato ficou para trás'
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse, durante palestra na Universidade Vila Velha (ES) hoje, que a "era do combustível barato não vai voltar". Na sexta-feira (17), a Petrobras anunciou novos aumentos nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras.
"Uma realidade tem que ficar muito clara para todos nós: a era do combustível barato não vai voltar, essa é a realidade. O mundo precisa fazer a transição energética dos combustíveis fósseis e ir para os mais limpos. Consequentemente, não vai haver o retorno a um tempo que ficou para trás", afirmou.
Com o novo reajuste, o litro da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 — aumento de 5,18%. Já para o diesel, a elevação foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro — alta de 14,26%. O valor do GLP foi mantido.
Mourão defendeu a atuação do governo em relação aos aumentos dos combustíveis. "Se o governo vai agir baixando imposto, é publicada manchete dizendo que é populismo, medida eleitoreira. Mas são as soluções que têm. Temos duas soluções: baixar imposto e taxar importações de petróleo bruto".
O plenário da Câmara aprovou de novo, na quarta-feira (15), o projeto que limita a 17% a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis, com 307 votos favoráveis e um contra. Como o projeto já foi aprovado no Senado, ele segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A outra linha de ação, algo que já devia ter sido traçado, é usar os royalties que a Petrobras paga ao governo como seu principal acionista para criar um fundo e, a partir desse fundo, estabilizar o preço toda vez que houver flutuações como essa", defendeu o vice-presidente.
Bolsonaro e Lira articulam CPI
Após a Petrobras anunciar novos aumentos nos preços dos combustíveis, o presidente da República Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira (17) que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e que ele irá propor a líderes partidários a criação de uma CPI para investigar a estatal, seus diretores e membros do Conselho.
"Nossa ideia é propor uma CPI para investigar a Petrobras, seus diretores e os membros do Conselho. Queremos saber se tem algo errado nessa conduta deles, porque não é possível se conceder um reajuste com o combustível lá em cima e com os lucros exorbitantes", disse, em entrevista à Rádio 96 FM de Natal.
Bolsonaro criticou os novos aumentos anunciados pela Petrobras de 14,26% para o diesel e 5,18% para a gasolina. Segundo ele, foi uma "traição para com o povo brasileiro", porque a empresa tem que ter também um fim social, "mas só se preocupa com o lucro".
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