Bolsonaro exonera Caio Andrade após secretário ser aprovado na Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou Caio Paes de Andrade, em edição extra do Diário Oficial da União, do cargo de secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Ele teve seu nome aprovado hoje pela Petrobras como presidente da empresa.
Indicado por Bolsonaro, ele será quarto presidente da companhia durante o atual governo e substituirá Fernando Borges, que atuava como interino desde o último dia 20, quando José Mauro Coelho renunciou à função.
Coelho pediu para sair com apenas 67 dias no cargo, período em que foi alvo de críticas de Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por causa da política de preços praticada pela Petrobras. Na semana passada, Andrade disse ao Comitê de Elegibilidade da Petrobras que não recebeu orientações do governo em relação à mudança da política de preços da estatal, mostrou documento divulgado neste sábado.
Já o presidente Jair Bolsonaro declarou na última quarta (22) que Paes de Andrade deveria trocar toda a diretoria da companhia quando assumisse o posto. "Qual a ideia desse novo presidente da Petrobras? Obviamente, ele vai trocar seus diretores", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Itatiaia.
Currículo questionado
Essa é a terceira troca na chefia da Petrobras durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A empresa já foi presidida também por Roberto Castello Branco e pelo general Joaquim Silva e Luna.
A troca no comando da Petrobras foi decidida no fim de maio. Andrade é o atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, ligado ao Ministério da Economia e responsável pela plataforma do governo (gov.br). Ele é membro dos conselhos de Administração da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e da PPSA (Pré-Sal Petróleo).
Entre as condições analisadas pelo comitê, estão o conhecimento do executivo sobre o setor. As regras de governança da Petrobras determinam que o indicado tenha "experiência em liderança, preferencialmente, no negócio ou em área correlata".
Embora Andrade não tenha essa experiência na área de óleo e gás, o comitê interpretou que seu trabalho em outras áreas é suficiente.
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