Suspeito de dar golpe na Sasha, 'Sheik' tem jatinho bloqueado pela Justiça
Investigado por fraude em um esquema envolvendo moedas digitais, Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Francis da Silva, ou Sheik, tem ao menos um jatinho de R$ 79 milhões e um imóvel comercial em Curitiba avaliado em mais de R$ 2,2 milhões.
Os bens foram levantados por advogados de clientes lesados da Rental Coins — uma das empresas de Silva. Os dois bens constam como bloqueados pela Justiça. Entre as vítimas, estão Sasha Meneghel e o marido dela, João Figueiredo, que teriam perdido R$ 1,2 milhão no esquema.
As vítimas afirmam que Silva captou dinheiro, investiu em um ativo digital e sequestrou os recursos, devolvendo para eles uma criptomoeda falsa, chamada Mindexcoin, que não tem valor algum no mercado e não é encontrada em corretoras.
O UOL procurou o advogado Alan Luciano, que representa a Rental Coins, mas não obteve retorno. A reportagem será atualizada assim que vier a manifestação.
Jatinho de R$ 79 milhões
A aeronave é um Cessna Aircraft, modelo C680, fabricado em 2008. Com capacidade para transportar nove passageiros, um jatinho desses pode ser encontrado por US$ 15 milhões — equivalente a R$ 79.837.500,00 na cotação de hoje — no mercado de venda de aeronaves usadas.
A aeronave foi transferida para a ITX Administradora de Bens LTDA em 2019, segundo registro da ANAC (Agência Nacional de Aviação). Essa empresa tem como sócio-proprietário Francisley Valdevino da Silva.
Já o imóvel em Curitiba está no nome da Interag Administração de Fundos Ltda, que tem como "administrador" o Sheik das criptomoedas. A propriedade foi adquirida em novembro de 2021 e, desde março de 2022, consta como indisponível por conta de um processo judicial contra a empresa.
O advogado Jeferson Sarandy Brandão explicou ao UOL que está representando cerca de 200 clientes lesados pela Rental Coin. "E o número não para de crescer. São pessoas que investiram R$ 1 milhão, R$ 5 milhões, mas tem pessoas que me procuraram e disseram que deram R$ 2 mil, R$ 10 mil."
Entre os clientes de Brandão, estão estrangeiros dos Estados Unidos e Itália. Segundo o advogado, já foram identificadas mais de 100 empresas com as quais o Sheik tem ligação, que teriam sido usadas para ocultar bens.
A defesa dos clientes lesados já ingressou com diferentes pedidos de arresto de bens em tutela antecipada. "A gente está monitorando e indo atrás de bens para que as pessoas tenham uma chance para receber, mas o que a gente já sabe é que não tem dinheiro para todo mundo", relata Brandão.
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