Gasolina, Auxílio Brasil: como eleitores avaliam Bolsonaro na Economia
Entenda a classificação das pesquisas.
Pesquisa da Quaest Consultoria realizada face a face, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, mostra que a maioria dos eleitores acredita que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é responsável pela redução do preço dos combustíveis e criação do Auxílio Brasil.
A avaliação, entretanto, não afetou o desempenho geral de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na pesquisa eleitoral.
Segundo a Quaest, 42% dos eleitores dizem que Bolsonaro é responsável pela redução do preço dos combustíveis. Outros 9% citam a Petrobras e 8%, governadores. Não sabem ou não responderam somam 26%.
Entre os eleitores de Lula, 31% acreditam que é de Bolsonaro a responsabilidade pela queda no preço dos combustíveis. Outros 30% não sabem ou não responderam.
Responsável pela redução do preço dos combustíveis
- Presidente Jair Bolsonaro: 42%
- Petrobras: 9%
- Governadores: 8%
- Queda do dólar: 5%
- Queda no preço do barril de petróleo no mundo: 5%
- Mercado internacional: 3%
- Proprietários dos postos de combustíveis: 1%
- Todos: 1%
- Não sabe/Não respondeu: 26%
Em relação ao Auxílio Brasil, 58% dos eleitores ouvidos disseram que Bolsonaro foi o responsável por criar o benefício. O percentual de pessoas que citavam o Congresso caiu de 35% em agosto de 2021 para 9% em agosto deste ano.
Responsável pelo Auxílio Brasil
- Presidente Jair Bolsonaro: 58%
- Não sabem/não responderam: 24%
- Congresso: 9%
- Outros: 9%
Após o aumento do Auxílio Brasil, 24% dizem que aumentaram as chances de voto em Jair Bolsonaro. Para 44% não faz diferença. Outros 28% dizem que as chances diminuíram e 4% não sabem ou não responderam.
O Auxílio Brasil no valor de R$ 600 começou a ser pago no dia 9 de agosto.
Eleitores também foram questionados sobre a intenção das medidas econômicas. Veja:
Medidas econômicas do governo são principalmente para?
- Ajudar a eleição de Bolsonaro: 62%
- Ajudar as pessoas: 33%
- Não sabem/não responderam: 5%
Entre eleitores de Jair Bolsonaro, 70% dizem que as medidas econômicas são para ajudar as pessoas. O percentual cai para 10% entre eleitores de Lula.
O levantamento realizou entrevistas com 2.000 pessoas face a face, entre os dias 11 e 14 de agosto. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01167/2022 e custou R$ 139.005,86.
Lula tem 30 pontos de vantagem entre aqueles que recebem o Auxílio Brasil
Quando considerados apenas aqueles que recebem o Auxílio Brasil, a distância entre Lula e Bolsonaro na pesquisa de intenção de voto é de 30 pontos percentuais. Neste caso, o petista tem 57%, e o candidato do PL aparece com 27%.
- Lula (PT): 57%
- Jair Bolsonaro (PL): 27%
- Outros: 6%
- Brancos/Nulos/Não vai votar/Indecisos: 9%
A pesquisa também avaliou o desempenho dos candidatos conforme o tamanho do impacto que o Auxílio Brasil tem na vida das famílias brasileiras. O instituto considerou "melhora muito", "melhora pouco" e "não impacta".
No primeiro grupo, Lula e Bolsonaro empatam, com 42%. Já no segundo, o petista tem ampla vantagem ante o atual mandatário, 65% contra 20%. Para aqueles que não sentem diferença com o Auxílio, Lula é o preferido, com 68%, e Bolsonaro tem 15%.
Melhora muito
- Lula (PT): 42%
- Jair Bolsonaro (PL): 42%
- Ciro Gomes (PDT): 2%
- Simone Tebet (MDB): 2%
- Vera Lúcia (PSTU): 1%
- Eymael (DC):
- Indecisos: 8%
- Brancos/Nulos/Não vai votar: 3%
Melhora pouco
- Lula (PT): 65%
- Jair Bolsonaro (PL): 20%
- Ciro Gomes (PDT): 3%
- Simone Tebet (MDB): 2%
- Vera Lúcia (PSTU): 1%
- Eymael (DC): 1%
- Indecisos: 5%
- Brancos/Nulos/Não vai votar: 3%
Não impacta
- Lula (PT): 68%
- Jair Bolsonaro (PL): 15%
- Ciro Gomes (PDT): 7%
- Simone Tebet (MDB): 3%
- Vera Lúcia (PSTU):
- Eymael (DC):
- Indecisos: 7%
- Brancos/Nulos/Não vai votar: 1%
Sobre o Instituto
O Quaest é um instituto de pesquisas com sede em Belo Horizonte. Até 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empresa realizava pesquisas eleitorais só em Minas Gerais. Hoje, faz levantamentos sobre intenções de voto para presidente, governador e para o Senado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O instituto tem uma parceria com a Genial Investimentos, a qual financia levantamentos para as eleições de 2022. As pesquisas são realizadas com entrevistas presenciais.
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