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Bolsonaro antecipa pagamento dos Auxílios Brasil e Gás antes do 2º turno

Bolsonaro com beneficiada com Auxílio Brasil - Clauber Cleuber Caetano/PR
Bolsonaro com beneficiada com Auxílio Brasil Imagem: Clauber Cleuber Caetano/PR

Do UOL*, em São Paulo

03/10/2022 11h58Atualizada em 03/10/2022 14h32

O governo de Jair Bolsonaro antecipou o calendário de pagamentos do Auxílio Brasil e Auxílio Gás para este mês. Agora, o último pagamento será feito cinco dias antes do segundo turno das eleições, que acontece no último domingo do mês (30).

Originalmente, os repasses começariam no dia 18 e terminariam no dia 31, conforme o final do NIS (Número de Identificação Social) dos beneficiários. Com a mudança, agora os pagamentos serão feitos a partir do dia 11 e terminarão em 25 de outubro.

A alteração no cronograma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje, em instrução do Ministério da Cidadania, que faz a gestão dos programas sociais do governo federal.

As datas para novembro e dezembro não foram modificadas. Em agosto, o governo também antecipou os pagamentos do programa naquele mês.

Novo calendário de pagamento do Auxílio Brasil e Auxílio Gás em outubro

  • Final de NIS 1: 11 de outubro
  • Final de NIS 2: 13 de outubro
  • Final de NIS 3: 14 de outubro
  • Final de NIS 4: 17 de outubro
  • Final de NIS 5: 18 de outubro
  • Final de NIS 6: 19 de outubro
  • Final de NIS 7: 20 de outubro
  • Final de NIS 8: 21 de outubro
  • Final de NIS 9: 24 de outubro
  • Final de NIS 0: 25 de outubro

Até dezembro deste ano, o valor a ser entregue aos beneficiários do Auxílio Brasil será de R$ 600. Em 2023, o programa volta a pagar apenas R$ 400.

Se mantido o valor de R$ 600, o impacto seria de mais de R$ 50 bilhões e reduziria muito o espaço para outras despesas, como investimentos e custeio da máquina pública.

Bolsonaro promete Auxílio de R$ 800, mas não diz de onde vem dinheiro

O presidente Jair Bolsonaro propôs em programa eleitoral aumentar o Auxílio Brasil para R$ 800 —R$ 200 a mais para quem conseguir emprego, em cima do valor de R$ 600 que já foram anunciados. No entanto, o Orçamento para 2023 do governo só prevê o benefício em R$ 405, na média. Bolsonaro tem sido criticado por prometer o reajuste sem que o governo tenha como pagar essa conta.

Duas fontes do Ministério da Economia consultadas pelo UOL disseram não ter conhecimento do programa e nem saber de onde viriam os recursos para realizar esses pagamentos.

*Com informações do Estadão Conteúdo