Inflação de outubro: batata sobe 23% e tomate, 17%; veja maiores altas
A inflação de 0,59% em outubro, interrompendo uma sequência de três meses seguidos de deflação, foi puxada pela alta dos preços dos alimentos. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre os produtos que ficaram mais caros no país, destaque para a batata, o tomate, a cebola e as frutas. Veja abaixo os itens que mais pesaram na cesta de compras dos brasileiros.
O grupo Alimentação e bebidas teve uma alta de 0,72%, após ter recuado 0,51% em setembro. Os principais destaques foram:
- batata-inglesa (23,36%)
- tomate (17,63%)
- cebola (9,31%)
- frutas (3,56%)
- biscoito (1,34%)
- Frango em pedaços (1,17%)
- Refeição (0,61%)
No ano, o preço da batata acumula um salto de 48,07% e o da cebola, 78,92%. Já o do tomate ainda tem baixa de 15,31%.
Entre as quedas, o destaque foi o leite longa vida (-6,32%), que já havia recuado 13,71% em setembro, e o óleo de soja (-2,85%).
Com o resultado de outubro, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou a acumula alta de 4,7% no ano e de 6,47% nos últimos 12 meses. A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, variando entre 2% e 5%.
Itens não alimentícios que mais subiram
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta em outubro. Veja abaixo os itens não alimentícios que tiveram as maiores altas:
- passagem aérea (27,38%)
- plano de telefonia fixa (6,74%)
- pacote turístico (2,32%)
- higiene pessoal (2,28%)
- emplacamento e licença (1,72%)
- roupa masculina (1,70%)
- plano de saúde (1,43%)
- mobiliário (1,41%)
- artigos de limpeza (1,35%)
- etanol (1,34%)
Gasolina e diesel. O preços dos combustíveis recuaram 1,27% em outubro, mas a queda foi menor que a registrada no mês anterior (-8,50%). Gasolina (-1,56%), óleo diesel (-2,19%) e gás veicular (-1,21%) seguiram em queda, enquanto o etanol registrou alta de 1,34%.
Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra, porém, que a gasolina subiu nos postos do país pela 4ª semana, mesmo sem reajuste da Petrobras.
Veja a variação mensal em cada um dos nove grupos pesquisados pelo IBGE:
- vestuário: 1,22%
- saúde e cuidados pessoais: 1,16%
- alimentação e bebidas: 0,72%
- transportes: 0,58%
- despesas pessoais: 0,57%
- habitação: 0,34%
- artigos de residência: 0,39%
- educação: 0,18%
- comunicação: -0,48%
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