Aplicativo de pegação estreia na Bolsa de Nova York com alta de 213%
O aplicativo de encontros para o público LGBTQIA+ Grindr fez a sua estreia hoje na Bolsa de Nova de York (Nyse), nos Estados Unidos, e as ações encerraram o pregão cotado a US$ 36,50, uma alta de 213,84%.
Os papéis sob o ticker GRND iniciaram o dia valendo US$ 16,90 e chegaram a bater mais de 400% de valorização em seu pico, ultrapassando os US$ 63 às 11 h (horário local).
A plataforma —usada por 11 milhões de pessoas a cada mês— espera arrecadar US$ 384 milhões (ou cerca de R$ 2 bilhões na cotação atual) para investir em infraestrutura e ferramentas de monetização, a fim de atrair e reter mais pessoas e diversificar as receitas do negócio.
"Temos uma marca global presente em quase todas as partes na comunidade a que servimos, um tamanho impressionante, uma taxa de interação dos nossos usuários e uma margem operacional entre as melhores do setor, e iniciamos recentemente nosso percurso em termos de monetização e crescimento", destacou Jeff Bonforte, CEO do Grindr, citado em comunicado.
Grindr enfrenta problemas em vários países. A empresa americana recorreu recentemente de uma multa recorde de 6,3 milhões de euros (cerca de R$ 40,4 milhões), imposta pela Noruega por compartilhar dados pessoais ilegalmente.
Em outros países, o aplicativo é censurado. Ele desapareceu em janeiro das lojas de aplicativos na China, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido e as questões LGBTQIA+ permanecem um tabu, embora a homossexualidade tenha sido descriminalizada em 1997.
Fundado em 2009, o Grindr pertenceu à especialista chinesa de jogos eletrônicos Kunlun Tech, obrigada a revendê-lo a uma empresa americana em 2020, após a pressão dos EUA, que citou motivos de segurança nacional.
Uma agência federal temia que usuários americanos fossem vítima de chantagem se o governo exigisse dados (orientação sexual ou soropositividade, por exemplo) à Kunlun Tech.
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