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Inflação desacelera para 0,41% em novembro; em 12 meses, está em 5,90%

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Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

09/12/2022 09h03Atualizada em 09/12/2022 12h17

A inflação oficial do país desacelerou em novembro e ficou em 0,41%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), porém pressionada pelos preços de combustíveis e alimentos.

No ano, o índice acumula alta de 5,13%. Em 12 meses, a inflação é de 5,90%, abaixo dos 6,47% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. É a primeira vez que fica abaixo de 6% desde fevereiro de 2021. A divulgação foi feita hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado de novembro veio abaixo do esperado, já que o mercado previa alta de 0,53%. O índice também ficou menor do que a taxa registrada em outubro, quando o IPCA foi de 0,59%.

Veja a inflação para cada grupo pesquisado:

  • Alimentação e bebidas: 0,41%
  • Habitação: 0,05%
  • Artigos de residência: 0,01%
  • Vestuário: 1,10%
  • Transportes: 0,83%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
  • Despesas pessoais: 0,21%
  • Educação: 0,02%
  • Comunicação: -0,14%

O que puxou e o que freou a alta de preços. O maior impacto para o resultado da inflação de novembro foi do setor de Transportes, que teve alta de 0,83% devido ao preço dos combustíveis. O item de maior pressão no mês foi a gasolina.

No geral, o aumento nos combustíveis foi de 3,29%, um contraste com o recuo registrado em outubro.

  • O etanol subiu 7,57%
  • A gasolina, 2,99% - foi a alta que mais pesou na inflação de novembro, respondendo sozinha por um impacto de 0,14 ponto percentual do IPCA do mês
  • O óleo diesel aumentou 0,11%
  • O gás veicular teve queda de 1,77%

A alta da gasolina está ligada ao aumento do preço do etanol. Isso ocorreu por conta de um período de entressafra da produção de cana de açúcar. A gasolina leva álcool anidro em sua composição
Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE

Alimentação e bebidas foi o segundo grupo com maior influência no índice, com alta de 0,53%. Os itens mais utilizados na alimentação em domicílio foram os que mais pesaram no geral. Entre os destaques:

  • a cebola teve uma alta de 23,02%
  • o tomate aumentou 15,71%
  • as frutas subiram 2,91%
  • o arroz ficou 1,46% mais caro
  • o leite longa vida, porém, caiu 7,09%

Como se calcula o IPCA? O índice é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, residentes em áreas urbanas.

Entre as categorias consideradas para mapear o aumento, diminuição ou estabilidade geral nos preços, estão os custos com alimentação e bebidas, habitação, saúde, transportes, educação, entre outros.