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Bolsonaro libera crédito de R$ 7,5 bi para benefícios da Previdência Social

Presidente Jair Bolsonaro (PL) libera crédito extraordinário de R$ 7,5 bilhões para benefícios da Previdência Social - Getty Images
Presidente Jair Bolsonaro (PL) libera crédito extraordinário de R$ 7,5 bilhões para benefícios da Previdência Social Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/12/2022 07h23Atualizada em 15/12/2022 09h26

O presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou uma medida provisória que libera crédito extraordinário de R$ 7,5 bilhões para o pagamento de benefícios da previdência social. A medida é autorizada pela Constituição apenas para situações imprevisíveis e urgentes.

A MP também é assinada pelo ministro Paulo Guedes e foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (15).

O valor de R$ 7,5 bilhões será dividido em dois tipos de benefício. Cerca de R$ 1,7 bilhão será destinado para a compensação previdenciária e outros R$ 5,7 bilhões serão usados para o pagamento de benefícios previdenciários.

Há duas semanas, o governo consultou o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a possibilidade de usar crédito extraordinário, fora do teto de gastos, para bancar uma parcela das despesas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A regra do teto de gastos atrela o crescimento das despesas à inflação do ano.

Crédito foi liberado para evitar calote em despesas obrigatórias. Em novembro, o governo Bolsonaro anunciou um novo bloqueio de R$ 5,7 bilhões para evitar o estouro do teto de gastos. A medida, entretanto, poderia causar um apagão na máquina pública a pouco mais de um mês do fim do mandato do atual presidente.

O bloqueio deixou o governo Bolsonaro com apenas R$ 2,4 bilhões para bancar gastos discricionários de todos os ministérios em dezembro. Havia o temor real de falta de dinheiro até mesmo para despesas obrigatórias, como aposentadorias, o que levou o Executivo a traçar um plano de emergência.

A tese do governo é de que esses gastos cresceram muito após a aceleração das análises de requerimentos e redução da fila de espera, deixando o governo sem margem de manobra no Orçamento nos últimos meses do ano. O buraco nas despesas obrigatórias é estimado em R$ 22,3 bilhões, dos quais 70% correspondem à Previdência.