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Transição propõe que Lula suspenda consignado do Auxílio Brasil, diz TV

Transição propõe que Lula suspenda novos contratos do consignado do Auxílio Brasil - Estadão Conteúdo
Transição propõe que Lula suspenda novos contratos do consignado do Auxílio Brasil Imagem: Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

16/12/2022 07h51Atualizada em 16/12/2022 09h27

O grupo de transição de Desenvolvimento Social recomendou que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspenda novas contratações de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, futuro Bolsa Família, ou redução drástica dos juros. As informações são da GloboNews, que teve acesso ao relatório final do GT.

A medida está na lista de prioridades para os 100 primeiros dias do governo Lula. Especialistas em finanças criticam o modelo do consignado do Auxílio Brasil, que tem limite de juros maior que o mercado.

"As pessoas que tomam o crédito consignado terão a sua renda familiar comprometida, quer permaneçam no programa de transferência de renda, quer não, mesmo que saiam por medida de redesenho, averiguação ou impossibilidade de atualização de informações", diz o relatório.

"Trata-se de uma desproteção social futura, com transferência de valores substanciais da renda dessas famílias para o sistema financeiro", prossegue o documento.

Como funciona o empréstimo?

  • O consignado do Auxílio Brasil foi criado por medida provisória de Bolsonaro, aprovada no Congresso em julho.
  • A liberação dos créditos, porém, só começou nove dias depois do primeiro turno das eleições.
  • A medida possibilita o desconto automático de até 40% do valor recebido pelo Auxílio Brasil para pagar o crédito. Os juros chegam a 50% ao ano.

A Caixa é o único banco de grande porte — e o único estatal — autorizado a conceder o consignado. Antes do segundo turno das eleições, bastavam alguns cliques no aplicativo CaixaTem, por meio do qual o Auxílio Brasil é liberado, para solicitar o dinheiro. Após a derrota de Bolsonaro, o processo de concessão do crédito pela Caixa mudou radicalmente.

Em 1º de novembro, o banco interrompeu temporariamente a análise de novos créditos alegando "processamento da folha de pagamento do Auxílio Brasil".