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Para PT, privatizar Correios está 'completamente fora de cogitação'

Agência dos Correios - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Agência dos Correios Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

18/12/2022 04h00

Os Correios não serão privatizados, diz Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações de Dilma Rousseff e do Planejamento de Lula. Ele coordena o grupo técnico de Comunicações na transição petista.

CORREIOS VÃO AONDE EMPRESAS PRIVADAS NÃO IRIAM

  • A privatização dos Correios foi iniciada no governo Bolsonaro, mas está parada.
  • Os Correios estão em todos as cidades do país e entregam correspondência em qualquer lugar, o que uma empresa privada não faria, segundo Bernardo.
  • Para privatizar os Correios, seria necessário criar uma empresa pública para entregar onde as outras não querem ir.
  • A empresa tem a obrigação de entregar cartas, mas também pode ampliar a divisão de transporte de produtos (na qual a margem de lucro é maior)

Ninguém quer disputar o mercado da Amazônia. As empresas querem discutir a privatização dos Correios para tirar o concorrente do Rio e de São Paulo
Paulo Bernardo

A privatização exclui serviço de regiões perigosas. Em locais como alguns morros do Rio de Janeiro, as empresas privadas de logística postam encomendas nos Correios para que a estatal faça a entrega, diz Bernardo.

QUAIS OS DESAFIOS PARA A EMPRESA?

  • Reduzir custos da operação e aumentar a margem de lucro para se tornar mais competitiva
  • Investir em modernização

A equipe de Lula está avaliando todas as contas da empresa, como despesa com os 85 mil funcionários e distribuição de dividendos.

Na Europa os correios têm atividades múltiplas: entregam cartas, e além disso, têm banco, financeira, empresas de logística como a DHL [na Alemanha]. Temos que investir mais e fazer modernização, mas se tirar os Correios do mercado vai ter que arranjar outra para fazer
Paulo Bernardo

RAZÕES PARA PRIVATIZAR, SEGUNDO O GOVERNO BOLSONARO

  • Melhorar a eficiência dos serviços postais no país diante das dificuldades de o governo fazer investimentos para o setor.
  • Incerteza quanto à autossuficiência e capacidade de investimentos futuros por parte dos Correios.
  • Evitaria gastos públicos com investimentos de R$ 2 bilhões ao ano.