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Com Lula presente, Alckmin assume ministério e promete indústria mais forte

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

04/01/2023 12h03Atualizada em 04/01/2023 13h09

O vice-presidente assumiu hoje oficialmente a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, prometendo a retomada da industrialização do país.

O Brasil não pode prescindir da indústria se tiver ambições de alavancar o crescimento econômico e se desenvolver socialmente. Ou o país retoma a agenda do desenvolvimento industrial, ou não recuperará o caminho do desenvolvimento sustentável, gerador de emprego e distribuidor de renda" Geraldo Alckmin (PSB)

Veja as principais promessas do ministro:

  • Acelerar o processo de reindustrialização no Brasil
  • Estimular iniciativas de indústrias tecnológicas e sustentáveis
  • Reforçar os laços com o CNI (Conselho Nacional da Indústria)
  • Fortalecer o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
  • Implementar diversificação de mercados e destinos

Ele destacou o papel do BNDES, que será vinculado à pasta. "É um banco historicamente vital para políticas estruturadas de desenvolvimento, vamos fortalecer o papel do BNDES como alavanca do desenvolvimento econômico e social", disse. "O MDIC será seu primeiro apoiador..

De todas as cerimônias de posse de ministros até o momento, essa foi a única que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além do petista, também estavam na mesa a primeira-dama Janja da Silva, a esposa Lu Alckmin, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o presidente em exercício do Senado Federal, senador Veneziano do Rêgo (MDB-PB).

Entre os convidados, a grande maioria dos novos ministros, o ex-presidente José Sarney (MDB), os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, e do PSB, Carlos Siqueira, e caciques dos partidos que compõe a aliança em torno do governo.

O discurso de Alckmin foi assistido por um público que lotou o salão, e ainda havia fila para entrar. Ao fim do evento, o vice-presidente foi cercado por pessoas que queriam tirar fotos com ele. Um homem chegou a desmaiar no meio da multidão, mas foi prontamente socorrido e retirado do local.

Com salão lotado, Alckmin é disputado por selfies e fotos após posse - 4.jan.2023 - Lucas Borges Teixeira/UOL - 4.jan.2023 - Lucas Borges Teixeira/UOL
Com salão lotado, Alckmin é disputado por selfies e fotos após posse
Imagem: 4.jan.2023 - Lucas Borges Teixeira/UOL

Alckmin não foi a primeira escolha de Lula para a pasta. O petista conversou com Josué Gomes, presidente da Fiesp e filho do primeiro vice de Lula, José Alencar. Gomes chegou a viajar a Brasília durante a transição de governo para se reunir com Lula e tratar do tema, mas recusou o convite.

Desde a campanha, Alckmin teve um papel central no diálogo com empresariado e setores conservadores da indústria — em especial a paulista, concentradora do PIB nacional, que ele governou por quase quatro mandatos.

Sua escolha para o MDIC foi a mais elogiada no setor entre as três principais pastas econômicas. Entre interlocutores do governo, ele é chamado de um "apagador de incêndios" junto ao setor após algumas falas de Lula.