Americanas contratam ex-empregadora de Moro para ajudar em reestruturação
As Americanas contrataram a empresa de consultoria A&M (Alvarez & Marsal).
Após o rombo milionário na empresa, a A&M atuará na reestruturação da empresa.
A empresa de consultoria teve entre seus funcionários o ex-ministro, ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR), que trabalhou para ela até 2021.
Em comunicado ao mercado, as Americanas disseram que a Alvarez & Marsal entrará no processo de recuperação judicial da empresa. O acerto também foi confirmado pela empresa de consultoria ao UOL.
A A&M foi responsável pela recuperação judicial da Odebrecht, alvo da Operação Lava Jato.
O objetivo da Companhia é assegurar que a equipe executiva tenha todo apoio e ferramentas de referência no mercado para atingir os objetivos estratégicos do negócio."
Comunicado das Americanas
O comunicado ainda assegurou que as Americanas manterão os acionistas e o mercado atualizados sobre a recuperação judicial.
Na quinta-feira, a 4ª Vara Empresarial do Rio, aceitou o pedido de recuperação judicial das Americanas. A empresa declarou em seu pedido dívidas de R$ 43 bilhões de um total de cerca de 16.300 credores.
Até o terceiro trimestre de 2022 (dado do último balanço financeiro), antes da revelação do rombo nos balanços das Americanas, a empresa informava um endividamento bruto de R$ 19,3 bilhões.
Entenda a crise das Americanas
- A recuperação judicial é um instrumento jurídico que tem como objetivo dar fôlego para uma empresa se recuperar de uma situação financeira difícil e evitar a falência.
- O ex-CEO da empresa Sérgio Rial ficou apenas dez dias no cargo e pediu demissão após revelar um rombo de R$ 20 bilhões na empresa
- No dia 13, as Americanas conseguiram uma proteção liminar contra credores e a Justiça deu 30 dias para a empresa decidir se pedirá ou não recuperação judicial, citando uma dívida potencial de R$ 40 bilhões.
- A agência S&P rebaixou a nota de risco de crédito das Americanas para "D", de default (calote).
- Bancos conseguiram reverter a decisão liminar e, em razão da falta de avanço nas negociações com credores, as Americanas decidiram pelo caminho da recuperação judicial.
- BTG Pactual, Bradesco e Santander Brasil estão entre os mais expostos à dívida da varejista.
- A CVM abriu investigações para apurar o escândalo contábil. Um grupo de acionistas minoritários também entrou na Justiça pedindo indenização e dizendo que a empresa "manipulou fatos e dados".
- Para justificar o pedido de recuperação judicial, a empresa argumentou que sem a proteção contra credores há risco de 'absoluto aniquilamento do fluxo de caixa' do grupo, o que impedirá o pagamento de fornecedores e funcionários.
- A empresa afirma manter mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, e reunir 3.600 estabelecimentos no país.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.