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Comprar ou alugar imóvel: qual a melhor opção em 2023?

A decisão depende dos juros, para que o financiamento da casa própria não pese demais no bolso - ArLawKa AungTun/iStock
A decisão depende dos juros, para que o financiamento da casa própria não pese demais no bolso Imagem: ArLawKa AungTun/iStock

Juliana Soane

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/02/2023 04h00

O principal ponto a ser considerado são os juros do financiamento. Atualmente a Selic, taxa básica de juros está em 13,75% e ela deve permanecer elevada, na avaliação do economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

A expectativa é que a Selic fique acima dos dois dígitos neste ano. A taxa costuma ser reduzida gradualmente e não há espaço para quedas drásticas ainda em 2023.

Com os juros anuais nesse patamar, o momento não é bom para comprar um imóvel. Um dos motivos, diz Oliveira, é que as taxas do financiamento são definidas na hora de assinar o contrato. "Se esse porcentual diminuir meses após a assinatura do financiamento, você não vai ser beneficiado pela redução", afirma Oliveira.

Atualmente, as taxas do crédito imobiliário estão em 10% ao ano, em média. Segundo o diretor-geral da Anefac, o ideal é que as taxas de financiamento fiquem abaixo desse percentual antes de pensar em trocar o aluguel pelas prestações da casa própria.

O que fazer enquanto os juros não caem?

A recomendação é continuar no aluguel e poupar dinheiro. "O jeito é fazer uma reserva financeira e esperar as condições de crédito melhorarem", diz Oliveira. Assim, é possível dar uma boa entrada para comprar um imóvel. E, quanto maior o valor da entrada, menor o tempo do financiamento.

Na hora de fechar o contrato, também é preciso tomar alguns cuidados. Segundo Oliveira, as parcelas não devem comprometer mais que 30% da renda familiar e é importante ter uma poupança para fazer pequenos reparos ou comprar móveis novos para os ambientes.