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Consignado INSS: governo decide aumentar taxa de juros

Do UOL, em Brasília

20/03/2023 22h23Atualizada em 21/03/2023 10h44

O governo federal vai aumentar a taxa de juros do consignado do INSS. O novo percentual ainda não está definido, mas deve subir dos atuais 1,70% e ficar entre 1,9% e 2%. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (20).

O que aconteceu?

Próximos passos

  • Uma nova reunião será realizada até a próxima sexta-feira (24), desta vez junto a representantes dos sistemas financeiro e bancário.
  • O encontro deverá ocorrer após a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), na quarta (22), que decidirá sobre a taxa básica de juros. O governo tem feito pressão para que o índice, atualmente fixado em 13,75%, caia.

Entenda o caso

  • As instituições argumentam que a redução do limite de juros anunciado na semana passada não cobre o custo da operação do consignado do INSS.
  • A suspensão da modalidade foi anunciada tanto por bancos privados como por Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. A Febraban, que representa os bancos, também fez frente à iniciativa.
  • Nos bastidores, fontes afirmam que Lupi conversava com os bancos desde o início do ano, mas que as partes não teriam acordado o novo percentual. Integrantes do governo dizem que o ministro apresentou as novas taxas ao conselho sem o aval da equipe econômica.
  • Governo decidiu rever o limite de juros nesta segunda-feira. Participaram da reunião no Planalto os secretários executivos da Fazenda, Gabriel Galípolo, e do Ministério Trabalho e Emprego, Francisco Macena, além das presidentes da Caixa, Rita Serrano, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros e dos ministros Carlos Lupi e Rui Costa (Casa Civil).
  • Haddad não participou da reunião. Mas o ministro da Fazenda deve ter conversas sobre o tema ao longo do desta terça-feira, inclusive com representantes de bancos.

O que disseram os colunistas do UOL

O Lula disse de forma muito clara que as ideias precisam ser alinhadas, até para não ter o governo rendido. O Lupi tenta adotar uma medida incisiva. Nesse afã de produzir essa alteração e uma reforma, deu um passo um pouco precipitado, porque ter que voltar atrás de alguma forma manda uma série de mensagens deletérias para o governo.
Cesar Calejon, jornalista

Genialidade de Lupi impõe suplício a aposentados e constrangimento a Lula
Josias de Souza, jornalista