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IPCA-15: cenoura salta 27% e ovo sobe 8%; veja maiores altas em março

Detalhe de ovo em pé no meio de uma bandeja com ovos de galinha - Marcelo Justo/Folhapres
Detalhe de ovo em pé no meio de uma bandeja com ovos de galinha Imagem: Marcelo Justo/Folhapres

Do UOL, em São Paulo

24/03/2023 09h33Atualizada em 24/03/2023 15h55

A prévia da inflação desacelerou em março, mas ficou em 0,69%, puxada pela alta dos combustíveis. Produtos alimentícios, porém, dominam a lista de itens que registraram as maiores altas no mês.

Maiores altas no mês

  • cenoura: 27,87%
  • manga: 27,28%
  • morango: 21,75%
  • passagem de trem: 17,34%
  • abobrinha: 15,93%
  • maracujá: 14,54%
  • mamão: 11,64%
  • abacaxi: 11,38%
  • transporte por aplicativo: 9,02%
  • repolho: 8,58%
  • brócolis: 8,21%
  • ovo de galinha: 8%
  • couve-flor: 7,40%
  • açaí (emulsão): 6,48%
  • perfume: 5,88%
  • laranja-pera: 5,86%
  • gasolina: 5,76%
  • couve : 5,17%
  • leite fermentado: 4,96%
  • aluguel de veículo: 4,89%

O que divulgou o IBGE

  • Em 12 meses, a inflação acumulada ficou em 5,36%. A taxa no acumulado em 1 ano ficou abaixo dos 5,63% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
  • Em março de 2022, o IPCA-15 foi de 0,95%.
  • Apesar da forte alta em alguns alimentos, houve desaceleração no aumento dos preços do grupo Alimentação e bebidas. A taxa passou de 0,39% em fevereiro para 0,20% em março.
  • Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em março. A exceção foi Artigos de residência, com queda de 0,18%.
  • A alta de 5,76% no preço da gasolina foi o que mais pesou na taxa mensal. O item respondeu sozinho por 0,26 ponto percentual da taxa do IPCA-15 de março.
  • Também houve alta nos preços do etanol (1,96%). Óleo diesel (-4,86%) e gás veicular (-2,62%), por sua vez, registraram queda.
  • Do lado das quedas, o maior recuo foi registrado no preço da batata-inglesa (-13,14%). Outros destaques foram: tomate (-6,34%), cebola (-12,13%), óleo de soja (-2,47%), contrafilé (-2,04%) e frango em pedaços (-1,94%).

Análise

Em relatório, a XP avaliou que os resultados da prévia de março trouxeram sinais mais animadores sobre as perspectivas para a inflação.

A nosso ver, parece cedo para afirmar que o processo de desinflação retomará tração daqui para frente, tendo em vista o cenário de elevação das expectativas inflacionárias, taxa de câmbio depreciada e alguns estímulos de curto prazo à atividade econômica. No entanto, a perspectiva de não haver reaceleração dos preços ao consumidor é bem-vinda. Mantemos as projeções de alta de 5,5% para o IPCA de 2023 e 4,5% para o IPCA de 2024
Rodolfo Margato, economista da XP

Como é calculado o IPCA-15?

O IPCA-15 leva em consideração 465 produtos e serviços e mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.

O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. A diferença está apenas no período de coleta dos preços e nas cidades pesquisadas.