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Fernández volta 'sem dinheiro' e Lula põe Dilma para articular com China

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

02/05/2023 22h01Atualizada em 02/05/2023 23h15

Após conversar com o presidente Alberto Fernández, Lula disse que o líder argentino retornará "sem dinheiro, mas com muita disposição política".

O que aconteceu:

O presidente brasileiro disse ter falado com os Brics e pretende conversar, com ajuda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre a situação econômica da Argentina; os Brics reúnem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O petista afirmou já ter tratado do tema com a China em sua viagem no mês passado; o assunto segue em articulação pela presidente do banco dos Brics, Dilma Rousseff (PT), com os chineses, segundo Lula.

"Fernández chegou apreensivo. Vai voltar mais tranquilo. Sem dinheiro, mas com muita disposição política", brincou o presidente brasileiro.

O líder brasileiro, no entanto, ressaltou não estar ajudando só a Argentina. "A discussão é que precisamos ajudar aos empresários brasileiros que exportam para a Argentina."

Que nossos exportadores sigam com empresas funcionando, gerando emprego e que as exportações entre Brasil e Argentina sigam crescendo, porque é isso que todo mundo tem interesse."
Lula

Finanças em baixa na Argentina

Um modelo em que o Brasil financia as empresas e recebe garantias da Argentina com liquidez internacional para evitar prejuízos está desenhado desde janeiro, antes da viagem do presidente brasileiro a Buenos Aires, segundo uma fonte disse à agência Reuters.

A intenção dos dois países é que os pagamentos sejam feitos em reais e pesos. Porém, o derretimento da moeda argentina —e as várias cotações usadas pelo governo— dificulta a implementação da proposta.

Em um cenário de inflação acima de 100% no ano, a Argentina viu o peso afundar em 2023. Em um mês, o dólar blue subiu cerca de 21% ante o peso, considerando os preços desta terça-feira. No acumulado do ano, o dólar blue subiu 37%.

(Com Reuters)

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Errata: este conteúdo foi atualizado
A inflação na Argentina está acima dos 100% no recorte anual, não mensal. A informação foi corrigida.