Haddad diz que representante da Shein lhe prometeu regularizar impostos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal recuou do fim da isenção para produtos importados, que atingiria gigantes do varejo asiático, após responsáveis pela Shein acordarem em produzir e pagar impostos no Brasil.
O que disse Haddad?
"Chairman da Shein veio lá de Singapura" para anunciar o acordo. "O governo recuou porque a Shein recuou. Assinou uma carta se comprometendo a gerar 100 mil novos empregos no Brasil e a pagar [impostos] como qualquer comunidade paga". A declaração foi feita em entrevista à rádio CBN.
"Vou quebrar o varejo por causa da Shein?". Haddad disse querer que o consumidor tenha "leque de opções" com concorrentes em "igualdade de disputa", já que o varejo corresponde a 25% do total de carteiras assinadas no Brasil. "A Shein vindo, produzindo, gerando emprego em conformidade com a legislação brasileira, não tenho problema nenhum".
"Comunicação tem que melhorar muito, inclusive a minha". Questionado sobre as críticas recebidas principalmente nas redes sociais após o anúncio do fim da isenção, Haddad afirmou que é preciso "bater mais o bumbo" para programas anunciados pelo governo federal, mas não comentou especificamente sobre o caso das varejistas.
Shein anunciou produção no Brasil após ameaça do governo
O anúncio aconteceu dois dias após o recuo do governo em relação ao fim da isenção que existe atualmente para encomendas internacionais de transações entre pessoas físicas no valor de até US$ 50.
O encontro de Haddad com representantes da Shein, na época, contou com a presença do vice-presidente executivo, Donald Tang, e do CEO da empresa no Brasil, Yuning Liu.
Segundo a Receita Federal, as empresas usam a regra atual de distinção na cobrança de impostos de maneira fraudulenta. Pelas regras atuais, compras internacionais de até US$ 50 estão isentas, desde que sejam enviadas de uma pessoa para outra. Encomendas enviadas por empresas para pessoas são taxadas em 60%.
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