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Prates: política da Petrobras é para o cliente, e não 'política pública'

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras - Tomaz Silva/Agência Brasil
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

16/05/2023 18h20Atualizada em 16/05/2023 18h30

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que a nova política para precificação de combustíveis nas refinarias e o fim da paridade de importação são para, enquanto empresa, "alcançar o cliente", e não fazer política.

O que aconteceu:

"Não disse que era política pública. O preço de combustível é competitivo para alcançar o cliente", falou, em entrevista à CNN Brasil. Prates fez diversas críticas ao PPI (Preço de Paridade de Importação), adotado em 2016, inclusive que ele "entrega sem amortecimento à volatilidade especulativa, de outros países, de guerras, na mesma hora, em tempo real e em dólar, podemos fazer melhor do que isso".

O novo modelo, segundo o presidente, traz mais "defesa" contra a volatilidade e é de "otimização": "Ele vai nos dar o mínimo, que é quando eu não me interesso mais a vender, e o máximo, quando o cliente vai embora e não compra de mim". A política será implementada "aos pouquinhos" e já vinha sindo testada desde o começo do ano.

Prates disse que "todas as refinarias do mundo são concorrentes da Petrobras, porque a importação é liberada", quando questionado se há competição para a empresa no país. "Em tempos normais, oscilações serão administradas e colocadas no cenário nacional", afirmou.

Apesar da fala de Prates, o presidente Lula (PT) politizou o momento da companhia e disse que o novo método de precificação da Petrobras é "mais do que um compromisso assumido na campanha, uma vitória do povo". O pronunciamento foi feito aproveitando os anúncios da empresa, que reduziu hoje o preço do diesel, da gasolina e do gás de cozinha.

O que eles disseram:

O impacto político é uma empresa que vai fazer seus preços com uma lógica de empresa que tem como acionista principal o governo, mas sem afugentar seus investidores, que serão importantes na rentabilidade e transição energética. Essa é uma função que a Petrobras saberá desempenhar: caminhar na corda bamba, responder perguntas complicadas e sobretudo gerir esse processo para que não entorne o caldo. Dessa vez não tem erro."
Jean Paul Prates

É apenas o começo. Mais empregos vão ser gerados, porque agora no mês de maio, no final de maio, vamos anunciar política de investimento no país e de obra de infraestrutura, do Ministério da Educação e do de Minas e Energia. Aguardem."
Lula