Conteúdo publicado há 10 meses

Procon notifica empresas de pagamentos da plataforma Blaze após denúncias

O Procon-SP notificou as empresas usadas pela Blaze no Brasil para que forneçam informações sobre os vínculos que possuem com a plataforma de jogos para o processamento dos pagamentos das apostas no país.

O que aconteceu

Procon deu o prazo de 48 horas para que a Acesso e a Pagsmile expliquem a parceria que possuem com a Blaze. O órgão diz que o objetivo é conhecer os vínculos e o funcionamento delas, para respaldar consumidores que não encontram registros formais da Blaze no Brasil.

As empresas devem definir quais as próximas medidas a serem adotadas para auxiliar os consumidores que estão se sentido lesados. Os consumidores têm reclamado do não cumprimento dos termos da oferta quanto a saques de valores de apostas premiadas, problemas na contabilização de bônus e pontuação e saques não liberados, relacionados à Blaze. Em alguns pagamentos efetuados a Acesso Soluções de Pagamento foi utilizada como meio de pagamento.

As explicações fornecidas pela Acesso e pela Pagsmile servirão para que o Procon defina as próximas ações para orientar os consumidores. "A primeira dúvida a ser sanada é como a plataforma atua no mercado brasileiro sem qualquer registro", diz Luiz Orsatti Filho, do Procon-SP.

A Acesso disse que não tem parceria com a Blaze. "A Acesso é uma instituição de pagamento emissora de moeda eletrônica devidamente regulada pelo Banco Central do Brasil e não possui qualquer parceria firmada com a Blaze.com".

O UOL entrou em contato com a Pagsmile para pedir posicionamento das empresas, mas não obteve retorno. Em caso de resposta, esta matéria será atualizada.

Entenda o caso

A polícia de São Paulo passou a investigar a plataforma de jogos após denúncias de usuários. Apostadores alegam que prêmios em valores mais altos não eram pagos pela Blaze. A suspeita é de estelionato.

Segundo o Fantástico (Globo), a empresa teve o bloqueio de R$ 101 milhões e a Justiça paulista pediu que o site fosse retirado do ar. No entanto, o fato de a Blaze não ter representantes legais no Brasil acabou fazendo com que a ordem judicial não surtisse efeito. Um dos sites chegou a parar de funcionar, mas outros surgiram e os jogos de aposta seguem acontecendo.

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A reportagem também revelou que existem três donos ocultos da Blaze. Relatórios financeiros apontam que parte do dinheiro arrecadado pela plataforma é destinado para esses três brasileiros.

Os representantes da Blaze alegam que a empresa tem sede em Curaçao no Caribe e, portanto, a atividade dela não configura crime.

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do divulgado e replicado na home page do UOL, o Procon-SP não notificou a Blaze, mas empresas de meios de pagamentos que estão na plataforma de jogos. O texto foi corrigido.

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