CVM conclui que Eike usou informações privilegiadas em venda de ações da OGX, diz jornal
SÃO PAULO, 11 Abr (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apurou que o empresário Eike Batista e administradores da antiga OGX (OGXP3), atual Óleo e Gás, sabiam da inviabilidade de campos da petróleo da companhia dez meses antes do mercado ser informado a respeito, publicou um jornal nesta sexta-feira (11).
Citando informações do processo a qual teve acesso, o jornal "Valor Econômico" disse que a CVM concluiu que o empresário vendeu ações da companhia nesse meio tempo, contrariando lei que proíbe a utilização de informações privilegiadas.
À autarquia, Eike alegou que as operações teriam sido feitas para saldar dívidas, disse o "Valor". A CVM alega no processo que o empresário poderia ter se desfeito de outros ativos que não os papéis, acrescentou o jornal.
A CVM e a assessoria do grupo de Eike não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.
Nesta semana, a CVM decidiu prorrogar o prazo de defesa do empresário para 14 de maio em processo no qual ele é questionado por manipulação de preços e utilização de informações não divulgadas ao mercado para negociar ações.
A petroleira, que foi a principal empresa do grupo EBX do empresário, entrou com pedido de recuperação judicial em outubro do ano passado, na sequência de uma aguda crise iniciada com a declaração da inviabilidade econômica dos campos de Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, em julho.
No acumulado de 2013, a companhia teve prejuízo de R$ 17,4 bilhões.
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