Operadora Oi tem prejuízo de R$ 5,35 bilhões em 2015
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de telecomunicações Oi teve prejuízo líquido de R$ 4,55 bilhões no quarto trimestre, desempenho impactado por três ajustes contábeis no total de R$ 3,1 bilhões.
A empresa havia registrado prejuízo de R$ 4,42 bilhões no quarto trimestre de 2014 e resultado negativo de R$ 1 bilhão no terceiro trimestre. Com o desempenho dos três últimos meses do ano passado, a Oi acumulou em 2015 prejuízo de R$ 5,35 bilhões, após resultado negativo de R$ 4,4 bilhões em 2014, alta de 21,6%.
Os ajustes no quarto trimestre envolveram redução de R$ 1,58 bilhão no valor da participação de investimentos de grupos não controlados na África, incluindo a operadora Unitel, provisões para perdas com Imposto de Renda diferido no total de R$ 1,39 bilhão, além de redução de R$ 89 milhões no valor da participação da Oi nos investimentos controlados na África.
Excluindo esses efeitos, o prejuízo líquido pró-forma das operações continuadas teria sido da ordem de R$ 1,47 bilhão no quarto trimestre, informou a operadora. O desempenho é explicado principalmente pelas maiores despesas financeiras em meio à deterioração das condições dos mercados e aumento das taxas de juros, disse a Oi.
A empresa teve resultado financeiro negativo de R$ 3,95 bilhão, ante despesa de R$ 1,32 bilhão nos últimos três meses do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Oi de outubro a dezembro foi de R$ 1,7 bilhão, queda de 46,6% na base de comparação anual. Em termos recorrentes, o Ebitda do quarto trimestre foi de R$ 1,79 bilhão, queda anual de 2,2%.
No resultado de 2015, a Oi cumpriu projeção de Ebitda recorrente para as operações no Brasil entre R$ 7 bilhões e R$ 7,4 bilhões, alcançando R$ 7,23 bilhões. Porém, a empresa resolveu não divulgar projeções para seu desempenho em 2016, afirmando que isso dá flexibilidade à operadora face à instabilidade macroeconômica atual.
A receita líquida total no quarto trimestre ficou em R$ 6,7 bilhões, baixa de 8,5% na comparação anual. A receita líquida das operações brasileiras caiu 7,6% e a das operações internacionais recuou 33,2%.
A dívida líquida somou R$ 38 bilhões, ante R$ 30,56 bilhões ao fim de 2014.
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