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Ata do Fed sinaliza que alta de juros em junho está firmemente sobre a mesa

Jason Lange e Lindsay Dunsmuir

18/05/2016 15h31

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve deve elevar os juros em junho se os dados econômicos indicarem crescimento econômico mais forte no segundo trimestre, bem como alta da inflação e melhora no emprego, de acordo com a ata da reunião de abril do banco central norte-americano divulgada nesta quarta-feira.

Essa posição, expressada pela maioria dos membros do Fed no encontro, sugere que o banco central está muito mais próximo de aumentar os juros novamente do que espera o mercado.

Os preços para os contratos futuros da taxa básica de juros do Fed indicavam nesta quarta-feira que investidores viam chance de apenas 19 por cento de elevação no mês que vem.

Mas os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) disseram que os dados econômicos recentes deixaram-nos mais confiantes de que a inflação estava avançando em direção à meta de 2 por cento e que eles estavam menos preocupados com a desaceleração econômica global, de acordo com o documento.

"A maioria dos participantes julgou que se o fluxo de dados for consistente com a recuperação do crescimento no segundo trimestre, os mercados de trabalho continuarem a ganhar força e a inflação progredir em direção à meta de 2 por cento do comitê, então provavelmente será apropriado elevar a taxa de juros em junho", trouxe a ata.

Algumas autoridades demonstraram preocupação com a desaceleração do crescimento dos EUA no primeiro trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 0,5 por cento, menor ritmo em dois anos.

Mas outros argumentaram que o crescimento robusto do emprego sugeria que a economia continuava nos trilhos e os dados de crescimento podiam ter falhas.

"A maioria indicou a melhora constante nos mercados de trabalho como um indicador de que o ritmo da atividade econômica provavelmente não se deteriorou", segundo a ata.

Algumas autoridades disseram estar preocupadas com a possibilidade de os mercados financeiros sofrerem o impacto de uma possível saída da Grã-Bretanha da União Europeia no mês que vem ou das políticas cambiais chinesas.