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Depoimento de Joesley à Justiça é adiado; Wesley pede devolução de passaporte

28.ago.2013 - Wesley Batista (esq.) e Joesley Batista (dir.), donos da JBS, em foto de 2013 - Zanone Fraissat /Monica Bergamo
28.ago.2013 - Wesley Batista (esq.) e Joesley Batista (dir.), donos da JBS, em foto de 2013 Imagem: Zanone Fraissat /Monica Bergamo

22/05/2017 16h02Atualizada em 22/05/2017 16h03

SÃO PAULO, 22 Mai (Reuters) - A Justiça adiou o depoimento que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS JBSS3.SA, daria nesta segunda-feira no âmbito da operação Bullish, que investiga operações da empresa com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e Wesley Batista, irmão de Joesley e também controlador da empresa, pediu a devolução de seu passaporte.

O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, adiou o depoimento de Joesley após as defesas do empresário, de Wesley, do diretor de Relações Institucionais da J&F, holding que controla a JBS; e do advogado Francisco de Assis e Silva pedirem uma nova data para seus depoimentos e a devolução de passaportes, por conta dos acordos de delação premiada firmados com o Ministério Público Federal.

O juiz argumentou que o adiamento do depoimento marcado para esta segunda era necessário pois ele teria de ouvir o MPF antes de tomar uma decisão sobre os pedidos.

"Certo de que o pedido dos requerentes foi protocolizado no final do expediente deste hoje (sexta-feira, e da necessidade deste magistrado de colher a manifestação do Ministério Público Federal sobre o tema, hei por bem determinar o adiamento de seus depoimentos para data posterior à decisão a ser proferida", escreveu o juiz em sua decisão.

Na semana passada, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Bullish, os irmãos que controlam a JBS foram alvos de mandados de condução coercitiva, mas somente Wesley prestou depoimento, já que Joesley estava no exterior, onde permaneceu após a divulgação do acordo de delação premiada que os irmãos fizeram com a Lava Jato, com acusações contra o presidente Michel Temer, o que gerou uma nova crise política no país.

Caso a Justiça devolva o passaporte a Wesley, ele poderá seguir o irmão e também viajar para o exterior.

(Reportagem de Eduardo Simões; edição de Aluísio Alves)