Economistas veem rombo primário menor em 2017 e 2018, aponta relatório Prisma Fiscal
BRASÍLIA, 10 Out (Reuters) - Os economistas melhoraram ligeiramente suas contas para o deficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2017 e 2018, conforme relatório Prisma Fiscal de outubro divulgado nesta terça-feira (10) pelo Ministério da Fazenda.
A estimativa passou a um rombo de R$ 158,431 bilhões para este ano, ante R$ 159 bilhões esperados antes, que batiam exatamente no limite definido pela nova meta fiscal.
A modesta alteração vem após a realização de leilões de petróleo e hidrelétricas no mês passado, com os quais o governo conseguiu levantar R$ 4,5 bilhões acima do esperado, segundo o Tesouro Nacional.
Se de um lado o governo deverá reforçar seu caixa com os certames, de outro, deverá amargar uma arrecadação menor com o Refis, programa de renegociação de dívidas tributárias, que teve algumas de suas regras afrouxadas pelo Congresso Nacional. Preliminarmente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, calculou essa frustração em R$ 3 bilhões.
Para o ano que vem, a projeção de déficit segundo o Prisma foi a R$ 155,613 bilhões, contra R$ 156,341 bilhões no relatório anterior, e uma meta que também é de um rombo primário de R$ 159 bilhões.
Em relação à trajetória da dívida bruta, os economistas melhoraram suas estimativas para 2017 a 75,44% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 75,8% na pesquisa de setembro.
Já para 2018, a projeção diminuiu a 77,8% do PIB, contra um patamar de 78,82% anteriormente.
(Edição de Camila Moreira)
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