Economia fiscal com reforma da Previdência é de cerca de R$ 600 bi, diz Meirelles
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (7) que o benefício fiscal com a reforma da Previdência tal qual apresentada nesta manhã ao Congresso Nacional será de cerca de R$ 600 bilhões em 10 anos, reiterando expectativa de aprovação do texto até o fim de fevereiro na Câmara dos Deputados.
Falando em evento voltado a empresários e investidores, Meirelles disse que a economia com a alteração das regras para aposentadoria está acima de 50% do que seria possível garantir com a proposta original do Executivo, que previa benefício de R$ 800 bilhões em uma década.
- Quais as chances de a reforma da Previdência passar?
- Vale a pena correr para se aposentar antes da reforma?
- Justiça: aposentado que trabalha não deve contribuir ao INSS
Os números, contudo, são mais otimistas que outros já apresentados pelo próprio ministro. No fim de novembro, quando o governo admitiu a desidratação da proposta em pontos importantes, diminuindo o tempo mínimo de contribuição para 15 anos e deixando de fora quaisquer alterações nas regras para trabalhadores rurais e para a concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), o ministro havia informado que a economia com o formato era de cerca de R$ 480 bilhões em 10 anos.
Além de manter essas decisões, o texto divulgado agora fez outra flexibilização, acrescentando o direito de integralidade de pensão a cônjuges de policiais mortos em combate.
Votos a favor
Para o ministro, houve "evolução grande" da percepção da necessidade da reforma da Previdência e número de votos a seu favor está gradualmente aumentando.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a matéria precisa de 308 votos em dois turnos de votação para ser aprovada na Câmara. Depois, ainda passa pelo Senado.
Durante sua fala, Meirelles avaliou ainda que o país tem que fazer seu dever de casa para não depender dos humores do mercado internacional, após a semana ter começado com forte volatilidade por conta de temores de aperto monetário mais duro nos Estados Unidos.
Segundo o ministro, é preciso observar a evolução da bolsa norte-americana.
(Reportagem de Iuri Dantas; Texto de Marcela Ayres)
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